Preso com droga, ex-vereador usava drone para monitorar barreira da PRF

Hailé da Fonseca Teffé dos Reis levava 120 quilos de maconha para Mesquita, na Baixada Fluminense

Por Helio de Freitas, de Dourados | 19/02/2025 09:16

O ex-vereador de Mesquita, Hailé da Fonseca Teffé dos Reis, foi preso ao tentar transportar 120 kg de maconha do Paraguai para o Brasil. Ele usava um drone para monitorar barreiras da PRF na fronteira de Mato Grosso do Sul. Em 2012, Hailé foi preso por envolvimento em um assassinato político. O ex-vereador confessou que levaria a droga para Mesquita. Ele foi autuado por tráfico de drogas e levado à Polícia Civil em Ponta Porã.

O ex-vereador de Mesquita (RJ), Hailé da Fonseca Teffé dos Reis, 50, foi preso na noite desta terça-feira (18) quando tentava deixar a fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai com 120 quilos de maconha. Ele usava um drone para monitorar a fiscalização em postos da PRF (Polícia Rodoviária Federal). O equipamento foi localizado e apreendido (veja imagens acima).

Em 2012, Hailé Teffé havia sido preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro acusado de mandar matar o então pré-candidato a vereador Fernando Marcelo de Almeida Leite, no dia 1º de março daquele ano. Os dois eram rivais políticos em Mesquita, cidade localizada na Baixada Fluminense.

Por volta de 21h de ontem, equipe da PRF viu quando um Fiat Uno que trafegava na BR-463, sentido Ponta Porã a Dourados, entrou em uma fazenda. Os policiais se deslocaram de encontro para identificar o veículo e fizeram a abordagem.

O condutor estava manuseando controle de drone e apresentou nervosismo ao ser abordado. Durante revista no carro, os policiais encontraram as bolsas com maconha.

De acordo com o inspetor Waldir Brasil, chefe da PRF em Dourados, o ex-vereador usava o drone para verificar se havia barreira na estrada. Ele parava a 3 km do posto, levantava o equipamento e fazia a varredura.

O ex-vereador confessou que levaria a maconha para Mesquita. Em 2024, ele foi candidato a vereador pelo PT (Partido dos Trabalhadores), mas não conseguiu se eleger. Hailé foi levado para a Polícia Civil em Ponta Porã e autuado em flagrante por tráfico de drogas.