Quadrilha foi presa com 1,4 tonelada de cocaína e até avião na fazenda de Pavão
Ao todo treze pessoas foram presas na fazenda no narcotraficante brasileiro
Além dos mais de 3.800 litros de acetona, que seria usados no refino de cocaína, a polícia paraguaia também encontrou 1.400 quilos da droga e até um avião na fazenda El Tigre, de propriedade do narcotraficante brasileiro Jarvis Pavão.
Os agentes chegaram à fazenda enquanto investigavam o furto de gado na região, entretanto, conforme apurado a propriedade já estava sendo investigada por agentes do departamento antinarcóticos da Polícia Nacional do Paraguai.
O grupamento chegou a criticar a ida antecipada dos policiais à fazenda. Após o flagrante desta manhã, os policiais do departamento também foram até à fazenda e deram prosseguimento nas buscas pela propriedade.
A cocaína estava dividida em 42 fardos e o avião do tipo monomotor foi localizado em meio a vegetação, próximo de uma pista clandestina. A fazenda El Tigre fica na região do Chaco Paraguaio próximo da fronteira do país com a Bolívia. Ao todo foram encontrados 101 tambores de acetona que seriam usados no refino de cocaína.
Da propriedade a droga seria encaminhada para o Brasil ou até mesmo a Europa. A informação inicial era de que oito pessoas também foram encontradas na fazenda, mas a Força Nacional confirmou que treze pessoas foram presas.
Entre os presos estão o administrador da fazenda Waldimiro Ymas González, Junnior Elías Lesmo de 25 anos, Antonio Navarro Duarte de 32 anos, Dário Raúl Lesmo de 43 anos, Carlos María Sosa, 33 anos, Heriberto Chena Mancuello de 47 anos, Fábio Ignacio Cuenca Benitez de 21 anos e Roque Antonio Ferreira de 43 anos.
Jarvis Pavão - Um dos principais traficantes de cocaína da Linha Internacional, Jarvis é de Ponta Porã e foi sócio de Jorge Rafaat Toumani. Depois teria se aliado ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e foi acusado de tramar com a facção a execução de Rafaat, em junho de 2016. Nos últimos três anos, no entanto, as quadrilhas viraram inimigas e várias pessoas ligadas a Jarvis Pavão foram executadas, supostamente a mando do PCC. Ele está atualmente preso no Presídio Federal de Brasília.