Réu que tentou matar ex é condenado por ameaça, mas vai ficar em liberdade
Antônio Luiz da Silva foi condenado por violência doméstica, mas vai responder em regime aberto
Levado a julgamento nesta quarta-feira (01), depois de tentar matar e ex-mulher atropelada, Antônio Luiz da Silva, de 55 anos, foi absolvido no Tribunal do Júri do Fórum de Nova Andradina, cidade a 300 quilômetros de Campo Grande. Apesar de ter sido inocentado da tentativa de feminicídio, ele foi condenado por três ameaças contra a vítima, três descumprimentos de medidas judiciais e porte de arma, em 1 ano, 9 meses e 10 dias de multa. A pena, no entanto, será em regime aberto.
Violência doméstica - Na denúncia apresentada pelo MPE (Ministério Público Estadual), Antônio foi acusado de se mostrar violento contra a mulher com quem ele convivia e que estava grávida. Diante do comportamento do marido, a mulher pôs fim ao relacionamento, mas continuou sendo ameaçada pelo ex-marido, quando passou a morar com a mãe e os filhos. Eles também eram ameaçado com frequência, ainda conforme o portal Jornal da Nova.
Em dezembro de 2019, ao avistar a ex-esposa e parentes em frente de uma residência, Antônio avançou contra a família, atingindo um dos filhos da mulher, de 14 anos, que ficou ferido. No mesmo dia, ele teria retornado ao local para ameaçar a mulher, dizendo que o atropelamento do garoto seria apenas o começo.
A mulher pediu medida protetiva, mas Antônio continuou com as ameaças, e no mês seguinte, tentou pela segunda vez, atropelar a ex-mulher e seus familiares na frente de casa, apagando os faróis do carro e acelerando o veículo em direção deles. Dias depois, ele foi até a residência e ameaçou a todos novamente.
Na ocasião, a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) representou pela prisão preventiva do suspeito e pela expedição de mandado de busca e apreensão em sua casa, que foram acatados pela justiça. Durante o cumprimento dos mandados, foi encontrada na residência de Antônio, uma espingarda calibre 22 sem numeração aparente, um carregador e nove munições, todos irregulares. Antônio Luiz chegou a ficar preso entre 23 de janeiro de 2020 a 25 de novembro de 2020, em prisão preventiva, e, em monitoração eletrônica por mais 6 meses, a partir da liberdade.
O júri desta quarta-feira foi presidido pela juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira, o promotor de justiça Paulo Leonardo de Farias atuou na acusação. O réu foi defendido por seus advogados da cidade de Ivinhema, Stevão Martins Lopes e Gabriele Martins Utumi.