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Interior

Sem salário e 13º, enfermeiros de hospital particular iniciam greve dia 12

Funcionários protestam em frente ao Hospital Evangélico e confirmaram a decisão de iniciar greve por tempo indeterminado

De Dourados | 09/12/2016 11:51
Funcionários do Hospital Evangélico durante protesto hoje (Foto: Direto das Ruas)
Funcionários do Hospital Evangélico durante protesto hoje (Foto: Direto das Ruas)

Depois de atrasos seguidos nos salários, os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem do Hospital Evangélico aprovaram hoje (9) uma greve por tempo indeterminado. Localizado em Dourados, a 233 km de Campo Grande, o hospital é particular, mas é credenciado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para serviços de alta complexidade a moradores de pelo menos 30 municípios da região.

Nesta sexta-feira, os funcionários se concentraram em frente ao hospital, localizado na Rua Antonio Emílio de Figueiredo, no Centro, e mesmo com a chuva protestaram contra a direção da empresa.

De acordo com o presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem), Lázaro Santana, que participa da assembleia, os funcionários cobram o pagamento de parte do salário de outubro, o salário de novembro, que deveria ter sido pago até quarta-feira (7) e o 13º salário.

“Os enfermeiros protestam também contra a decisão do hospital, que começou a parcelar os salários sem a aprovação dos trabalhadores e do sindicato. Vamos cumprir o prazo legal de 72 horas para iniciar a greve, mas os funcionários estão decididos a fazer paralisações de três horas já no fim de semana”, afirmou Santana ao Campo Grande News.

O hospital está em crise financeira há vários anos. Em 2014, a prefeitura cancelou o contrato e retirou o Hospital da Vida do gerenciamento do HE, mas manteve os serviços de alta complexidade. Neste ano, boa parte do atendimento de nefrologia foi repassada para outras clínicas.

Em julho deste ano, os funcionários também aprovaram uma greve, mas a paralisação foi suspensa após o hospital prometer o salário atrasado. O pagamento foi feito, mas no mês seguinte houve outro atraso, segundo uma enfermeira do Evangélico.

Em abril, diante de seguidos atrasos, o procurador do Trabalho em Dourados, Jeferson Pereira, chegou a solicitar o bloqueio dos recursos destinados ao hospital pelo Fundo Municipal de Saúde – cujo gestor é o município de Dourados.

Segundo Lázaro Santana, até agora não houve manifestação da direção do hospital sobre a greve dos funcionários. O Evangélico é administrado pela Sociedade Douradense de Beneficência.

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