Senador defende morte de cem mil brasileiros que moram no Paraguai
Paraguayo Cubas também acusou policiais de receberem propina de fazendeiro brasileiro e chegou a agredir um deles fisicamente
O senador Paraguayo Cubas, do partido Cruzada Nacional, defendeu a morte de brasileiros que vivem no Paraguai. A declaração ocorreu durante confusão com policiais paraguaios durante apreensão de madeira retirada da fazenda de um brasileiro.
O Senado do país vizinho vai investigar o caso e o polêmico político paraguaio, que se declara anarquista, pode ser punido. No início deste ano, ele foi suspenso depois de jogar uma banana num colega senador.
A afirmação de Paraguayo Cubas foi feita segunda-feira (25) em Minga Porã, no departamento (equivalente a estado) de Alto Paraná. A cidade fica a cem quilômetros da região de Mundo Novo (MS).
Veja o vídeo com a declaração de Cubas, defendendo a morte dos brasileiros:
“Brasileiro bandido invasor vem desmatar o país. Tem que matar aqui pelo menos uns 100 mil brasileiros. Vocês sabem quantos brasileiros têm no nosso país? Tem dois milhões. Desses, cem mil são bandidos e tem que matar”, afirmou o político.
Cubas foi até o local onde três caminhões carregados de toras tinham sido apreendidos. Ele teria recebido denúncia de que os policiais iriam liberar a madeira em troca de propina, já que os troncos seriam de desmatamento ilegal. Outro vídeo gravado por pessoas que estavam no local mostra o senador agredindo um dos policiais, a quem acusou de receber propina do fazendeiro brasileiro.
O Instituto Florestal Nacional do Paraguai investigou a origem da madeira e concluiu que as toras não foram retiradas em desmatamento ilegal. Segundo a presidente do instituto, Cristina Goralewski, a madeira é originada do plano de manejo florestal adotado pelo fazendeiro brasileiro na propriedade.
O presidente do Senado paraguaio, Stephan Rasmussen, disse que Cubas pode perder o mandato se for denunciado pelo Ministério Público daquele país. Segundo ele, os atos do colega extrapolam a função de senador e a imunidade que o cargo oferece.
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