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Interior

Tenentes da Marinha flagrados em MS com arsenal são levados para o Rio

Helio de Freitas, de Dourados | 26/12/2017 14:35
Armas apreendidas com três tenentes da Marinha, no dia 8 deste mês (Foto: Arquivo)
Armas apreendidas com três tenentes da Marinha, no dia 8 deste mês (Foto: Arquivo)

Os três tenentes da Marinha do Brasil, flagrados no dia 8 deste mês em Rio Brilhante, a 160 km de Campo Grande, com armas e munições compradas ilegalmente no Paraguai, foram transferidos do quartel do Exército em Dourados para o presídio da corporação na Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro (RJ).

A transferência, determinada pela juíza Ana Lúcia Petri Betto, da 2ª Vara Federal em Dourados, ocorreu em data não revelada, mas foi confirmada ao Campo Grande News por uma fonte do Exército.

No dia 11, Ana Lúcia Petri Betto manteve a prisão de Ivan Passos da Cruz, 29, Clércio Gondim Da Silva Júnior, 28, e André Luis Nascimento Fragoso, 28, flagrados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) viajando em um ônibus que faz a linha entre Ponta Porã e São Paulo, mas que tinham como destino a cidade do Rio, onde são lotados.

Na audiência de custódia, a magistrada afirmou que permanecem presentes os requisitos que levaram à prisão cautelar dos oficiais da Marinha e manteve a prisão preventiva dos três acusados.

No dia 18 ela determinou à Marinha que fizesse a remoção dos três para o presídio no Rio de Janeiro. Os três alegaram terem comprado as armas para defesa pessoal, em função de ameaças sofridas no Rio de Janeiro, onde moram.

A prisão – Abordados pelos policiais rodoviários federais durante vistoria no ônibus, na BR-163, Cruz, Clércio Júnior e André Fragoso se identificaram como oficiais da Marinha e apenas um deles admitiu estar armado.

Entretanto, como o tenente não tinha registro da arma, os policiais rodoviários fizeram uma vistoria nas bagagens de mão e revista pessoal. Na cintura do segundo oficial foi encontrada outra pistola. O terceiro tentou esconder a pistola desmontada no assento do ônibus, mas foi descoberto.

Além das três pistolas 9 milímetros marca Clock, de fabricação austríaca, que estavam com a numeração raspada, os policiais rodoviários aprenderam oito carregadores, duas espingardas marca Boito calibre 12, também com número de série raspado, 260 munições calibre 12, 100 munições calibre 40 Winchester, 900 munições calibre 9 milímetros, dois coldres para pistola, um case para arma longa, uma bandoleira, duas placas balísticas para colete e quatro acessórios para calibre 12.

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