Eletrosul comunicou Casa Civil sobre situação em Água Clara
Trabalhadores foram levados para outras cidades; 80 foram presos.
A Eletrosul divulgou uma nota à imprensa informando as providências que tomou diante dos protestos na Usina São Domingos, no Rio Verde, entre os municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo.
A empresa diz que o incêndio nos seis pavilhões usados para alojamento dos 1.000 trabalhadores foi provocado por um grupo isolado de trabalhadores contratados pelo consórcio São Domingos, composto pelas empresas Engevix e Galvão.
Esse grupo também ateou fogo no centro ecumênico, refeitório, guarita e no centro de inclusão digital implantado para que pudessem manter contato gratuito com as famílias.
Trabalhadores disseram ao Campo Grande News que não receberam o salário e, ao pedir demissão, tiveram o acerto negado e a Carteira de Trabalho retida.
A Eletrosul informou que “imediatamente” ao ser informada do incêndio solicitou informações ao consórcio responsável pela obra e também o apoio da Secretaria de Estado de Segurança. Um grupo do Batalhão de Choque da Polícia Militar foi ao local do tumulto e deteve cerca de 80 pessoas supostamente envolvidas no episódio. A situação foi controlada. O Corpo de Bombeiros também foi ao local e pôs fim ao incêndio.
No início da noite de hoje, ainda conforme o documento, foram providenciados comida e transporte para os cerca de 700 trabalhadores que continuam na obra - distante a cerca de 60 quilômetros da cidade de Água Clara.
O Governo do Estado também foi acionado para providenciar escolta policial e reforçar a segurança nas cidades para as quais os trabalhadores serão transportados. Além disso, o Ministério de Minas e Energia, Ministério da Justiça, Polícia Federal o Gabinete de Segurança Institucional e a Casa Civil da Presidência da República foram informados dos acontecimentos.
A Usina Hidrelétrica São Domingos é uma obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O início de operação está prevista para março de 2012, com capacidade para atender a mais de meio milhão de habitantes.
O documento não informa para onde os funcionários foram levados. A empresa também não fala sobre o pagamento dos salários e a suposta retenção da Carteira de Trabalho.