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Interior

Uma semana depois, Polícia ainda não tem pista do Maníaco da Cruz

Viviane Oliveira | 10/03/2013 11:21
Dionathan, bem diferente de quando foi apreendido em 2008. (Foto: divulgação)
Dionathan, bem diferente de quando foi apreendido em 2008. (Foto: divulgação)

Após uma semana, a Polícia da região de Ponta Porã, ainda não tem pista sobre o paradeiro de Dyonathan Celestrino, de 21 anos, conhecido como Maníaco da Cruz. Ele fugiu no último domingo (3) da Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã, onde estava internado desde 2008 por ter assassinado três pessoas em Rio Brilhante.

De acordo com a Polícia Militar, já houve várias ligações informando sobre suposto paradeiro do jovem, mas quando a equipe vai checar, a denúncia não procede. “Dourados, Itahum, Ponta Porã, Paraguai são algumas das cidades que informaram que ele poderia estar, mas quando checamos a informação não procede”, disse um policial militar da região de Ponta Porã.

Na região, a orientação foi de intensificar as abordagens da PM e não desprezar informações. A Polícia do Paraguai também está na busca pelo jovem, que é tratado como foragido. “Para auxiliar, nós mandamos a foto de Dyonathan para a polícia paraguaia”, afirma o policial.

Impasse - O jovem estava há mais de um ano indevidamente custodiado na unidade aguardando a transferência para uma unidade psiquiátrica compatível com a condição dele e com o tratamento a que deve ser submetido. Ele permanecia na Unei, mesmo a Justiça tendo determinado internação compulsória, porque o Estado alegava não encontrar local adequado.

O secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, afirmou na última quinta-feira (7) que a pasta não tem o que fazer com o Maníaco da Cruz, caso ele seja capturado.

Para o chefe da pasta, o problema deixou de ser da segurança pública e passou para as autoridades de saúde. “A intervenção da Sejusp já está esgotada e agora cabe ao Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde tomar providência”, disse.

O caso - Dyonathan completou 18 anos dentro da unidade. Os crimes em série foram cometidos por Dyonathan aos 16 anos, em Rio Brilhante, onde morava com a família.

Na época, ele confessou ter matado sozinho o pedreiro Catalino Cardena, 33 anos, em 24 de julho; a frentista Letícia das Neves, 22 anos, em 24 de agosto; e a estudante Gleice Kelly da Silva, 23 anos, no dia 7 de outubro, por considerar todos ateus. Depois de mortas, as vítimas eram deixadas em posição de crucificação. Por isso virou o "Maníaco da Cruz".

O inquérito mostrou que ele saiu outras 7 vezes disposto a matar pessoas que julgava terem vidas desregradas e só livrou da morte uma adolescente de 17 anos, que o convenceu de que era uma virgem. A família abandonou Rio Brilhante. A mãe passou a viver em Ponta Porã para ficar perto do filho.

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