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Interior

Vereador é liberado e diz que apenas foi 'colaborar' com investigação

Nyelder Rodrigues | 23/01/2017 19:10
Salla prestou depoimento nesta tarde ao Gaeco (Foto: Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense)
Salla prestou depoimento nesta tarde ao Gaeco (Foto: Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense)

Após depor ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na Operação Xadrez, deflagrada nesta segunda-feira (23) em Corumbá - cidade localizada a 419 km de Campo Grande -, o vereador local Yussef El Salla (PDT) afirmou que apenas foi colaborar com as investigações.

A Operação Xadrez começou há sete meses e resultou hoje na prisão dos diretores dos presídios de regime fechado e aberto de Corumbá, Ricardo Wagner Lima Nascimento e Doglas Novaes Vila. Eles devem permanecer detidos por 30 dias. A suspeita é que eles tenham favorecido detentos do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Também receberam mandados de prisão temporária comerciantes da cidade que possuem vínculo de parentesco com os condenados e que fazem parte da associação criminosa. Além disso, um dos locais visitados pelo Gaeco foi a clínica de fisioterapia de Salla. Ele é investigado por fornecer atestados falsos a detentos e civis, segundo informações extraoficiais.

"Fui como fisioterapeuta, o vereador não tem nada com a história. Quero deixar claro e pedir que as pessoas façam esse discernimento entre vereador e político, o profissional e o pai de família que sou", comenta Salla ao jornal Diário Corumbaense, logo após sair do depoimento no MPE (Ministério Público Estadual) em Corumbá.

Além disso, o vereador explica que os atestados fornecidos são declarações de que o paciente está em tratamento, no caso, fisioterápico, e que deve permanecer dez dias em repouso. "Isso não quer dizer que tenha de ficar em casa, ir para um hotel ou se internar. Ele pode muito bem estar lá", conta Salla ao Diário Corumbaense.

Ele ainda completa dizendo que atende muitas pessoas na clínica "e não tem como saber qual vai ser a finalidade daquela declaração. É uma declaração e não um atestado médico", diz Salla.

O vereador ainda comenta que no depoimento esclareceu esse fato e que em sua clínica, o Gaeco recolheu guias de tratamento. Ele também negou que equipes tenham invadido sua casa, afirmando que apenas foi conduzido para o depoimento.

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