Vítimas de acidente eram amigas e voltavam de entrega de marmitas
Mulheres trabalhavam em marmitaria de Campo Grande; uma delas era natural do Maranhão
As mulheres que morreram em colisão frontal, na manhã desta segunda-feira (26), eram amigas e seguiam de Ribas do Rio Pardo a Campo Grande após entregar marmitas para a empresa onde trabalhavam. A informação foi confirmada pela dona do restaurante, Elizangela Ferreira. As famílias das vítimas já foram informadas sobre o trágico acidente.
Elizangela contou que Jesica da Silva Soares, de 38 anos, trabalhou na marmitaria por oito meses, saiu e retornou há cerca de 15 dias. Ela tinha experiências nas viagens. "A gente faz entrega em Ribas há mais de anos, ela sempre vai. É motorista antiga, viaja para todo lugar", lamenta a empresária.
Jesica conduzia o Fiat Uno da empresa, acompanhada de uma amiga, também funcionária do restaurante, identificada apenas pelo primeiro nome, Bruna. "Não sabíamos que a Bruna estava junto, acreditamos que ela seguia para fazer companhia", pondera Elizangela.
Bruna era cozinheira na marmitaria e chegou há uma semana na Capital, segundo Elizangela, "para recomeçar a vida". Ela era natural do estado do Maranhão.
O filho de Jesica soube há pouco do acidente. "Está arrasado, moram só os dois", comenta a empresária. O rapaz completou 21 anos.
Acidente - O acidente aconteceu a 50 km de Campo Grande, próximo da cidade de Ribas do Rio Pardo. O motorista do caminhão, com placas de Sidrolândia, contou que seguia da Capital sentido a Três Lagoas, quando tentou uma ultrapassagem. Isso ocorreu por volta de 4 horas.
"Na hora, eu estava ultrapassando uma Scania e não dava para ver o carro [Fiat Uno], porque aqui tem uma baixada. Quando vi, fui jogar para o acostamento, não podia voltar para a minha pista, porque o caminhão que eu ultrapassei estava lá. Então, joguei para o acostamento e a motorista do Uno também tentou a mesma coisa. Foi uma fatalidade", lamenta o motorista de 44 anos.
Ele comentou que dirige desde 2006, sendo a primeira vez que se envolve em acidente dessa gravidade.
Apesar de não haver sinalização horizontal que proíbe ultrapassagem naquele trecho, segundo a delegada Tainá Borges, da delegacia de Ribas do Rio Pardo, há uma placa a 200 metros do local do acidente de ultrapassagem proibida. O motorista deve responder por homicídio culposo, quando não há intenção de causar morte.