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Cidades

Investigado por corrupção passiva, PM alvo de operação foi preso com arma ilegal

O sargento Ricardo Campos Figueiredo foi denunciado em caso de cobrança de propina, mas absolvido por falta de provas; agora, ele tem o nome novamente envolvido investigação

Anahi Zurutuza e Liniker Ribeiro | 17/05/2018 12:07
Movimentação de equipe do Batalhão de Choque em frente à Corregedoria da Polícia Militar, para onde foram levados os PMs presos ontem (Foto: Marina Pacheco)
Movimentação de equipe do Batalhão de Choque em frente à Corregedoria da Polícia Militar, para onde foram levados os PMs presos ontem (Foto: Marina Pacheco)

Além dos três oficiais presos pela Operação Oiketikus, o sargento Ricardo Campos Figueiredo, de 42 anos, foi preso nesta quarta-feira (17). Ele foi preso em flagrante por porte ilegal de uso restrito em Campo Grande. Ele é um dos 17 praças que estão no Presídio Militar da Capital.

Ricardo já foi investigado por corrupção passiva. Consta nos autos do Inquérito Policial Militar que ele e outros quatro PMs cobravam propina de motoristas abordados cometendo irregularidades no trânsito. As vítimas relataram pagamentos de R$ 100 e R$ 200 aos servidores. Na época, entre 2002 e 2003, de acordo com a investigação, o grupo atuava em Camapuã.

Hoje sargento, Ricardo foi denunciado pelos crimes em 2013, mas foi absolvido por falta de provas no ano seguinte, confirmou o seu advogado à época, Sebastião Francisco dos Santos Júnior.

“Ele foi absolvido de todos os crimes”, afirmou o defensor ao Campo Grande News na manhã desta quinta-feira (17), acrescentando que há algum tempo não tem contato com o PM e que por isso não sabe quem ele acionou para defendê-lo desta vez. 

A reportagem apurou que Ricardo ainda deve passar por audiência de custódia, que será presidia pelo juiz titular a Auditoria Militar, Alexandre Antunes da Silva, o mesmo que o julgou em 2014.

Sem saber ainda quem é o advogado de Ricardo, a equipe não conseguiu ouvir a versão do mesmo sobre a prisão de ontem.

Operação - A Operação Oiketikus, deflagrada no início da manhã desta quarta-feira (16) em 14 cidades de Mato Grosso do Sul e mira policiais militares corruptos envolvidos com a “Máfia do Cigarro”. Oiketikus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.

A força-tarefa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), a “tropa de elite” do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), e da Corregedoria da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) prendeu 20 policiais, três oficiais e 17 praças, também segundo apurou o Campo Grande News.

Também foram cumprido 45 mandados de busca e apreensão.

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