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Cidades

Irmãs gerentes de cassino podem ser "elo" de jogatina

Redação | 22/10/2009 09:54

Detida na casa onde funcionava um cassino na Rua Brilhante, Vila Bandeirantes, Cláudia Regina Lopes, 39 anos, é irmã de Paula Jaqueline Lopes, gerente do Cassino Caju, no Bairro São Francisco, que foi denunciada pela Operação Las Vegas. A Polícia Civil investigará se existe ligação entre Cláudia e os presos no esquema de jogatina coordenado por Sérgio Roberto Carvalho, o major Carvalho, que está preso no Presídio Federal.

Em ação feita ontem à tarde, policiais da Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social) fecharam o cassino onde foram encontradas 23 máquinas caça-níqueis.

De acordo com o delegado titular, Silvano da Motta, em depoimento, Cláudia confessou que foi contratada para trabalhar no cassino. Ela alegou que receberia R$ 1 mil para fazer a função de gerente da casa.

Cláudia revelou que os frequentadores eram na maioria mulheres e quase todos acima de 35, principalmente aposentados. Na tarde de ontem, seis apostadores foram detidos.

A informação preliminar indicava que eram cinco e outra pessoa também acabou detida. Assim como Cláudia, todos responderão pela contravenção penal.

A Polícia investigará também quem é proprietário do cassino. Correspondências foram encontradas no local em nomes de várias pessoas.

Não é descartada a possibilidade do imóvel ter sido alugado em nome "laranjas".

Durante a operação de ontem, foram aprendidos R$ 248,00. Já nas máquinas, o total era de R$ 647,00.

Las Vegas - A organização criminosa comandada pelo major da reserva da Polícia Militar, Sérgio Roberto Carvalho, funcionava há três anos na exploração de dois cassinos em Campo Grande. Em maio deste ano, a operação Las Vegas fechou o Caju e Mansão, que teriam ramificação na Bolívia. Eles também realizavam apostas pela internet com a venda de cartão e com prêmio de até R$ 450 mil.

Foram denunciados após a operação: o major Carvalho, acusado de ser chefe do esquema, Nedina Pereira da Silva (gerente dos escritórios), Cláudia Pompeu de Carvalho (gerente do cassino Mansão ou Casarão, na Vila Planalto), Paula Jaqueline Lopes (gerente do Cassino Caju, no bairro São Francisco), Paulo Roberto Xavier (capitão da PM - gerente de logística e segurança da organização), Odilon Ferreira da Silva (auxiliar da gerente Nedina) e Marco Massaranduba (cabo da PM e teria a função de auxiliar do capitão Paulo Xavier), Samuel Ozório Júnior (gerente geral da organização), Marcos Aurélio de Freitas (responsável pela distribuição das máquinas nos pontos), Robson Ribeiro Motta (responsável pela distribuição de máquinas nos pontos), Marcel Rodrigo de Carvalho Simões (responsável pela montagem, inserção da programação dos jogos e pelo conserto das máquinas caça níqueis da organização), Maicon dos Anjos Mussi (auxiliar do Marcel), Diones Magalhães Silva (emprestou o nome para abertura de uma empresa utilizada pela organização, além de fazer serviço de rua, como contato com bancos e de ordem administrativa para a organização), Marcelo Pereira de Souza (contador da organização), Luiz Bernando da Silva Filho (responsável pela distribuição de máquinas em Campo Grande) e Andrey Galileu Cunha (teria sociedade com o chefe da organização criminosa no Cassino Caju), Luís Marcelo Villalba Campista (auxiliar de técnico de informática) e Marcelo Sena.

Na operação Las Vegas, os policiais cumpriram 17 mandados de prisão e apreenderam R$ 77 mil em moeda nacional e US$ 17 mil. Foram apreendidas 97 máquinas caça-níqueis.

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