Juiz vem de Ourinhos para assumir Vara da Lama Asfáltica e leilões
Bruno Teixeira tem graduação em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2006) e mestrado em Direito Constitucional pela PUC de São Paulo
“Dona” da operação Lama Asfáltica e de leilões milionárias, a 3ª Vara Federal de Campo Grande será assumida na próxima segunda-feira (dia 26) pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira. O cargo estava vago desde outubro de 2017, quando o juiz Odilon Oliveira se aposentou para disputar as Eleições, e, desde então, vive um ciclo de magistrado “substituto do substituto”.
De acordo com o processo de remoção interna do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), Bruno Teixeira era lotado na 1ª Vara Federal de Ourinhos (São Paulo) e marcou a 3ª Vara como segunda opção.
A preferência do magistrado era pela 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande. O juiz, que já atuou em Corumbá, foi na contramão da maioria, que aproveitou para pedir mudança de Mato Grosso do Sul para setores da Justiça Federal em São Paulo.
Até segunda-feira, quem despacha na 3ª Vara Federal - especializada em crime de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e valores e crimes contra o Sistema Financeiro Nacional-, é o juiz substituto Sócrates Leão Vieira.
Bruno Teixeira tem graduação em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2006) e mestrado em Direito Constitucional pela PUC de São Paulo. Em 2016, quando atuava na 4ª Vara Federal em São Paulo, condenou o jogador Neymar e o pai a pagar dívida de imposto de renda. De acordo com a assessoria de imprensa do TRF3, a nova lotação é válida desde 12 de março.
Lama Asfáltica – Maior operação da PF (Polícia Federal) contra corrupção em Mato Grosso do Sul, a ação primeiro tramitou, em 2015, na 5ª Vara, com negativa para todos os pedidos de prisão. Desde 2016, os autos com pedidos de prisão e de busca e apreensão rumaram para a 3ª Vara.
No ano passado, veio a decisão mais rumorosa: o juiz federal substituto Ney Gustavo Paes de Andrade decretou a prisão do ex-governador André Puccinelli (PMDB), que foi preso em 14 de novembro e solto no dia seguinte, feriado pela Proclamação da República.