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Cidades

Justiça afastou ex-deputado e três funcionários da Secretaria de Obras

Edivaldo Bitencourt e Leonardo Rocha | 09/07/2015 10:48
Beto Mariano foi afastado e é um dos principais assessores de Giroto (Foto:Arquivo)
Beto Mariano foi afastado e é um dos principais assessores de Giroto (Foto:Arquivo)

Alvos da Operação Lama Asfáltica, desenvolvida contra a corrupção e fraudes em contratos públicas, o ex-deputado estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, e mais três funcionários foram afastados pela Secretaria Estadual de Infraestrutura. Eles são suspeitos de integrar a organização criminosa que deu prejuízo de R$ 11 milhões aos cofres públicos.

O Campo Grande News apurou que Beto Mariano, Hélio Yudi Komiyama, Marcos Tadeu Inciso Puga e Márcia Alvarez Machado Cerqueira foram afastados por determinação da 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande.

Beto Mariano é ex-deputado estadual, ex-prefeito de Paranaíba e funcionário de carreira da Agesul desde a época em que se chamava Dersul. Ele é um dos principais assessores da Secretaria de Obras na gestão de Edson Giroto, que atualmente ocupa o cargo de assessor especial do Ministério dos Transportes, em Brasília.

Em 2012, ele chegou a ser cotado para assumir a superintendência regional do DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte). Uma das justificativas para a indicação era de que ele era um dos principais colaboradores de Giroto na Secretaria de Obras.

Mariano também foi alvo de inquérito do MPE (Ministério Público Estadual) por irregularidade na aquisição de uma fazenda de 1,1 mil hectares em Coxim junto com Giroto e outros dois sócios.

Hélio Yudi foi o presidente da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), órgão que comandava as principais obras até o final do ano passado. Ele também foi um dos gestores Do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento Rodoviário de Mato Grosso do Sul). Proibido pela Justiça de entrar no prédio da Seinfra, ele é alvo da investigação por suposta irregularidade na pavimentação da BR-359, entre Coxim e a divisa de Mato Grosso do Sul com Goiás.

Outro afasto é o engenheiro civil Marcos Tadeu Puga, que já foi representante da construtora Central do Brasil Ltda. Ele também aparece em ações como responsável técnico por obras realizadas pela Agesul.

O quarto afastado pela Justiça é Márcia Alvarez Machado Cerqueira, que também integrava os quadros da Secretaria de Infraestrutura.

Na manhã de hoje, o secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel, confirmou a decisão da Justiça para afastar quatro funcionários. Ele não divulgou os nomes. No entanto, o secretário destacou que os quatro já estavam afastados da Seinfra.

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