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Cidades

Meta de comitê é reduzir em 70% epidemia de dengue nos próximos três meses

Flávia Lima | 07/01/2016 12:28
Ações do projeto-piloto atendem cinco cidades. (Foto:Divulgação)
Ações do projeto-piloto atendem cinco cidades. (Foto:Divulgação)

A meta do comitê estadual de combate a dengue, que será lançado oficialmente nesta quinta-feira (7) à tarde, pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, tem a missão de reduzir a epidemia de dengue em 70% nos próximos três meses.

Na opinião do coordenador estadual de controle de vetores, Mauro Lucio Rosa, é possível reduzir o índice de notificações em 30%, já que o objetivo é ficar nas visitas domiciliares feitas pelos agentes de saúde.

O projeto, implantado em caráter experimental no início desta semana, em cinco cidades do Estado, tem como alvo a eliminação de focos de dengue, especialmente os encontrados em quintais. "Com as informações levantadas ao longo da semana pudemos corrigir falhas e aperfeiçoar o projeto, que já está fechado", ressalta.

"O sucesso da ação depende da visita bem feita, que já vem sendo monitorada através dos tablets e smartphones que também serão adquiridos", ressalta.

Através desses equipamentos, os agentes comunitários e de endemias enviam os dados e informações a central de monitoramento, instalada na secretaria estadual de Saúde. Com os relatórios, é possível verificar pontos a serem corrigidos e até envio de outra equipe para concluir alguma tarefa não realizada.

As cinco cidades onde as ações já tiveram início nesta segunda-feira (4) são Bonito, Maracaju, São Gabriel do Oeste, Bataguassu e Costa Rica. Mauro Lucio explica que elas foram escolhidas devido a proximidade com a Capital, o que facilita o deslocamento de técnicos, caso precisem ir até algum município resolver questões relacionadas a implantação do projeto.

No entanto, o número de incidência da doença também foi levado em conta. Entre essas cinco cidades, a que apresenta maior índice da doença é São Gabriel do Oeste, com 951 notificações para 24.035 moradores. Na sequência vem Maracaju, que conta com 924 notificações para 41.099 habitantes.

Em terceiro lugar está Bonito, que apresenta 754 notificações para 20.597 habitantes e em quarto vem Costa Rica, com 712 notificações para 18.835. Em quinto lugar da lista escolhida para a implantação do projeto-piloto, está Bataguassu, com 108 casos suspeitos e população de 21.142. Os dados constam no último boletim que traça um cenário do avanço da dengue no Estado, atualizado nesta quarta-feira pela secretaria de Estado de Saúde.

Apesar do período experimental de aplicação do projeto terminar nesta sexta-feira (8), essas cidades continuarão a receber as ações de combate ao mosquito na próxima semana, quando outras 17 cidades farão parte da lista de municípios com maior incidência denotificações. São elas: Paranaíba, Terenos, Jaraguari, Jardim, Bandeirantes, Coxim, Ribas do Rio Pardo, Nova Alvorada do Sul, Dois Irmãos do Buriti, Sidrolândia, Amambai, Rio Verde, Bela Vista, Juti, Porto Murtinho, Ladário e Taquarussu.

Entre essas 17 cidades, Amambai lidera o ranking, com 1463 notificações, seguida por Sidrolândia (796), Paranaíba (712) Coxim (587) e Ribas do Rio Pardo (455). Em último lugar está Taquarussu, com 16 notificações. O número de habitantes é fator determinante para elaborar o ranking de incidências, por isso pode ocorrer de outros municípios terem um alto índice, como Campo Grande, que atualmente conta com 12.955 casos notificados, mas tem população total de 832.350 mil habitantes.

Conforme Mauro Lucio, após o desenvolvimento das ações nas 17 cidades, um novo grupo com 20 municípios será elaborado também para receber as ações.

Além da incidência da doença, a estrutura relacionada a recursos humanos também influencia na escolha dos municípios.Os que tiverem melhor estruturados, serão atendidos primeiro. A expectativa é cobrir os 79 municípios em um mês.  

Comitê - Ao todo 27 instituições e órgãos públicos, como o Ministério Público Estadual, Polícia Rodoviária Estadual e Rotary Clube, serão parceiros do Comitê Estadual de Combate a Dengue, criado em dezembro.

O objetivo será o de prestar auxílio nas ações de monitoramento da doença junto aos municípios. O grupo dará ênfase aos locais com focos ou propícios a formação de ambiente favorável a disseminação do Aedes aegypti.

A resolução que dispõe sobre o comitê foi publicada no Diário Oficial de 21 de dezembro de 2015 e a justificativa para sua criação foi baseada na situação de epidemia no Estado e a emergência decretada pelo governo federal quanto aos casos de microcefalia, que já somam mil em todo o país, detectados em bebês nascidos no Nordeste e que tem relação, já comprovada com o Zika vírus.

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