Operação prende 13 no Estado e acaba com quadrilha de carros de luxo
A operação Dublê, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), deflagrada na manhã de hoje (27) para desmantelar uma associação criminosa de tráfico de drogas foi realizada em cinco municípios de Mato Grosso do Sul – Jateí, Dourados, Amamabai, Coronel Sapucaia e Caarapó, além de Campo Grande. Ao todo, 13 pessoas foram presas no Estado, seis delas em Coronel Sapucaia.
A quadrilha usava carros de luxo para transportar maconha, trazida do Paraguai, de Mato Grosso do Sul, para Goiás e São Paulo. Os criminosos usavam veículos de origem ilícita (produtos de roubo, furto e estelionato), com placas e chassis adulterados, conhecidos como dublês.
Parte dos carros chegava a Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, em caminhões cegonha e seguiam para Coronel Sapucaia, a 400 quilômetros de Capital, de onde eram carregados com a droga. De lá, seguiam para os outros estados. Batedores e olheiros eram responsáveis por auxiliar o transporte.
Operação- Ao todo, foram expedidos 21 mandados de prisão preventiva, 15 de busca e apreensão, nove de sequestro de bens e um de sequestro de imóvel.
De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), entre as prisões no Estado três aconteceram em Dourados, uma em Jateí, uma em Caarapó, duas em Amambai e seis envolvidos em Coronel Sapucaia foram presos. Ainda foram cumpridos em Mato Grosso do Sul sete mandados de busca e apreensão (três em Dourados, um em Caarapó, dois em Coronel Sapucaia e um em Campo GRande), e oito de sequestro de bens (quatro em Coronel Sapucaia, três em Dourados, um em Caarapó) e um mandado de sequestro de imóvel em Coronel Sapucaia.
Investigação- A informação que deu início a operação apontava que um goiano, morador de Coronel Sapucaia, mandava mais de duas toneladas de maconha por mês para Goiás e São Paulo. Ele utilizava carros de luxo que chegavam a Dourados e eram carregados com a droga na região de fronteira, em Sapucaia.
O goiano foi identificado, mas acabou sendo assassinado, segundo o MPE. Assim, a chefia do tráfico passou para sua mãe e sobrinho, também goianos.
Conforme o MPE, para tornar o tráfico viável, eles se associaram a um foragido da Justiça que, além de fornecer o entorpecente também coordenava um grupo de pessoas responsável pelo roubos de camionetes e veículos de luxo.
Em São Paulo, os membros da organização criminosa negociavam com integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para os quais forneciam a droga e recebiam veículos de origem ilícita como parte do pagamento.
Durante as investigações foram acompanhadas as prisões em flagrante de 20 pessoas, apreensão de 14 veículos, dentre eles, 8 dublês, além de 8.141 quilos de maconha.
A investigação durou oito meses e apurou os crimes de tráfico de drogas na região de Dourados e no município fronteiriço de Coronel Sapucaia. Participam da operação Promotores de Justiça dos Gaecos de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás, Policiais Militares do Gaeco/MS e Policiais Militares do DOF (Departamento de Operações de Fronteiras).