Ordens de prisão estão com a PF, mas Giroto e Amorim podem se entregar
As oito prisões são relativas à fase Fazendas de Lama, realizada em 10 de maio de 2016
Com ordem de prisão decretada novamente, o retorno do ex-deputado federal Edson Giroto, do empresário João Amorim e mais seis pessoas à cadeia tem dois caminhos: eles podem ser presos pela PF (Polícia Federal) ou se entregarem.
Os mandados de prisão já estão com a polícia, mas, na última prisão, por exemplo, todos preferiram se entregar na superintendência da PF em Campo Grande. Giroto chegou a agredir uma jornalista antes de entrar no prédio.
A reportagem apurou que o STF (Supremo Tribunal Federal), em nova reviravolta, decretou as prisões de Giroto, Amorim, Elza Cristina Araújo dos Santos, Flávio Henrique Garcia Schrocchio, Raquel Rosana Giroto, Ana Paula Amorim, Wilson Roberto Mariano e Mariane Mariano de Oliveira. Todos são investigados na operação Lama Asfáltica.
A reportagem não conseguiu contato com as defesas, para saber se os denunciados vão se apresentar novamente na PF.
Cronologia – No último mês de março, o Supremo derrubou a liminar que mantinha os oito alvos da operação Lama Asfáltica em liberdade. As prisões aconteceram no dia 9 de março. Mas, no dia 19, o TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) mandou soltar todos.
Inconformada, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entrou com um reclamação no STF. Ela alegou que a decisão do Tribunal Regional Federal foi “desrespeitosa” em sua autoridade. Para a procuradora, a justificativa do tribunal de que os réus “não oferecem perigo a ordem pública” vai contra a decisão da Primeira Turma do Supremo, que foi “categórica” ao dizer que os investigados “traziam severos riscos” a ordem, pela extrema gravidade de suas ações.
Ela pediu as prisões e foi atendida. Conforme as últimas movimentações do processo, a decisão foi informadas ontem (dia 7) ao TRF 3 e à 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande.
Fazendas de Lama – As oito prisões são relativas à fase Fazendas de Lama, realizada em 10 de maio de 2016. A liberdade veio no dia 24 de junho daquele ano, quando o ministro Marco Aurélio, do STF, considerou que não havia elemento concreto para justificar a prisão e concedeu liminar em pedido de habeas corpus. O Supremo retomou o julgamento no mês de março, resultando na queda da liminar e retorno à prisão.