PF prende 51 pessoas por pedofilia em 18 estados do Brasil
Em operação inédita no Brasil, a Polícia Federal prendeu 51 pessoas durante a Operação Darknet, que visou confirmar a identidade de suspeitos, acusados de armazenamento, divulgação e abuso sexual de crianças e adolescentes. Em Mato Grosso do Sul uma pessoa foi presa pelo crime.
Durante uma coletiva de imprensa na sede da PF em Porto Alegre (RS), a polícia revelou que 50 prisões foram em flagrante, além de uma prisão preventiva decretada pela justiça. Também foram cumpridos 100 mandados de busca e apreensão, prisão e condução coercitiva em 18 estados e no Distrito Federal, com a participação de mais de 500 policiais federais.
O superintendente da Polícia Federal do Rio Grande do Sul, Delegado Sandro Caron de Moraes, afirmou que seis crianças foram libertas de abusos e eminentes estupros e, o que mais chamou a atenção dos policiais, foi o caso de um homem que planejava abusar da filha, que ainda não havia nascido.
A operação foi deflagrada simultaneamente hoje (15) em 44 unidades da PF nos Estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
Ainda foram encontrados suspeitos de Portugal, Itália, Colômbia, México, Venezuela, mas as informações foram repassadas para as polícias dos países.
A operação já havia sido realizada nos Estados Unidos, porém é a primeira vez que acontece uma investigação na Deep Web (www.ebc.com.br/tecnologia/2013/08/deep-web-riscos-e-usos-possiveis) na América Latina.
Ainda segundo a Polícia, a arquitetura desse ambiente impossibilita a identificação do ponto de acesso (IP), ocultando o real usuário que acessa a rede. Através de metodologia de investigação inédita e ferramentas desenvolvidas, os policiais federais conseguiram quebrar esse paradigma e identificar, na Operação Darknet, mais de 90 usuários que compartilham pornografia infantil. Até o momento, somente as polícias dos Estados Unidos e da Inglaterra realizaram investigações de crimes praticados através da Deep Web.