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Cidades

PF prende empresários, advogado e gerente de banco

Redação | 24/11/2010 08:45

Empresários, um advogado e um gerente de banco de Dourados estão entre os presos da operação Vitruviano, desencadeada hoje pela PF (Polícia Federal). Os trabalhos feitos em Campo Grande, Dourados e Caarapó são para desarticular uma quadrilha acusada de fazer operações fraudulentas para ficar com a herança de Olympio José Alves, um milionário que vivia em São Paulo, morreu em 2005 e deixou uma fortuna de R$ 100 milhões sem herdeiros.

Segundo matéria do site Dourados News, no município, que é distante 233 quilômetros de Campo Grande, o advogado Luiz Carlos de Mattos Filho, o empresário Paulo Darui, proprietário do Posto da Base, além do empresário Francisco de Sales Bezerra, e um dos gerentes do banco Bradesco de Itaporã.

Entre os presos também estão policiais militares.

Segundo a PF, a quadrilha desarticulada hoje era chefiada pelo ex-major da Polícia Militar Sérgio Roberto de Carvalho, já condenado por tráfico internacional de drogas, e atualmente preso por envolvimento na máfia da jogatina, no Presídio Federal de Campo Grande.

A PF deve cumprir hoje 13 mandados de prisão em Campo Grande, seis em Dourados e um em Caarapó.

Os mandados de prisão, que foram expedidos pelo juiz Odilon de Oliveira, foram cumpridos por 120 policiais federais.

O grupo teria movimentado de 2002 a 2006 mais de R$ 110 milhões.

A investigação começou em 2008 e evidenciou a utilização de várias empresas de fachada com intensa movimentação financeira de origem injustificada. Os levantamentos policiais indicaram que essas empresas movimentaram, só entre 2002 e 2006, mais de R$ 110 milhões.

Inicialmente, o que se investigava era o crime de lavagem de dinheiro, decorrentes dos crimes de tráfico de drogas, contrabando e evasão de divisas praticados pelo grupo chefiado por Sérgio Roberto de Carvalho.

Durante as apurações foi descoberta uma negociação fraudulenta que envolvia a compra e venda de uma usina de cana-de-açúcar localizada em Juscimeira, no Mato Grosso, e ainda, a simulação de um litígio na Comarca de Anaurilândia, a 367 quilômetros de Campo Grande, como forma de fraudar a espólio de Olympio.

Nessas operações, a quadrilha conseguiu se apossar de R$ 3,9 milhões em julho de 2007. O dinheiro foi pulverizado entre várias pessoas para dificultar o rastreamento pelos investigadores.

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