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Cidades

PM que estava foragido em operação já foi levado para Presídio Militar

Aline dos Santos | 24/11/2011 12:21

Policiais são acusados de receber propinas para liberar contrabando de cigarro

Polaco é considerado o maior contrabandista de cigarro do País. Ele foi preso na manhã desta quarta-feira (23), em uma fazenda no município de Eldorado. (Foto: Viviane Oliveira)
Polaco é considerado o maior contrabandista de cigarro do País. Ele foi preso na manhã desta quarta-feira (23), em uma fazenda no município de Eldorado. (Foto: Viviane Oliveira)

O policial militar que estava foragido da operação Alvorada Voraz já teve o mandado de prisão temporária cumprido. Conforme a assessoria da PM (Polícia Militar), ele foi localizado ontem à noite e foi levado ao Presídio Militar.

Durante a manhã, equipe da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) foi

à casa do policial no bairro São Francisco, em Campo Grande, mas ele não foi localizado. O policial é lotado na PRE (Polícia Rodoviária Estadual), em Ponta Porã.

Os policiais são acusados de receber propinas – nos valores entre R$ 3 e R$ 6 mil – para liberar o contrabando. De acordo com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o esquema também envolvia um agente tributário estadual, que recebia R$ 6 mil. Lotado em Brasilândia, o agente está foragido.

Sete policiais eram alvos da ação de combate ao contrabando, cujo esquema era liderado por Alcides Carlos Grejianin, o Polaco. Destes, três foram presos e um já estava detido no Presídio Militar de Campo Grande. Um quarto policial, de Campo Grande, está foragido. Outros dois não tiveram a prisão decretada.

Ao todo, foram expedidos 17 mandados de prisão, sendo quinze cumpridos. A operação foi desencadeada nas cidades de Antonio João, Caracol, Jardim, Porto Murtinho, Campo Grande, Eldorado e Brasilândia, além de Brasília (DF) e Umuarama (PR).

Em Eldorado, foram presos Polaco e dois filhos. Polaco é dono de um patrimônio milionário. A justiça federal já sequestrou seis fazendas de propriedade do contrabandista, sendo uma avaliada em R$ 20 milhões. Ele responde a processos por contrabando de cigarro e lavagem de dinheiro. Em fevereiro deste ano, a justiça arrecadou R$ 7 milhões com leilão do gado apreendido.

Em agosto de 2007, Polaco chegou a ser preso quando foi apontado como um dos envolvidos na morte do auditor da Receita Federal, Carlos Renato Zamo.

Assassinado em outubro de 2006, o auditor foi encontrado carbonizado dentro de um veículo na MS-295, entre as cidades de Iguatemi e Eldorado.

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