Polícia desconfia de versão e apura se mulher foi realmente sequestrada
A Polícia Civil ainda não sabe se uma mulher, identificada apenas como Angela Mamed, foi realmente sequestrada ou vítima de outro crime. O caso está sendo investigado desde a manhã desta sexta-feira (14), quando Cleberson dos Santos Patrocínio, 26 anos, que se diz marido dela, denunciou à polícia que a moça havia sido sequestrada, na saída do Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Conforme fonte da Polícia Civil, que pediu para não ser identificada, até agora nada do que foi apurado pelos policiais confirma a versão de Cleberson. “As diligências já começaram, mas a versão é muito estranha e o fato pode mudar a qualquer momento. Pode ser violência doméstica, homicídio e até mesmo falsa comunicação de crime”, disse o policial.
À polícia, Cleberson apresentou como prova de sua versão mensagens supostos sequestradores que teriam sido enviadas a ele por meio do WhatsApp de Angela. “As mensagens não são suficientes, já que pode ser alguém tentando nos convencer de que ela realmente está sequestrada, quando não está, então isso também será apurado”, diz.
Para tentar ajudar no caso, a polícia tenta contato com a família de Angela, que vive em Manaus (AM), mas, por enquanto nenhum familiar foi localizado.
O caso agora está sendo investigado em segredo. Equipes da Polícia Civil de Chapadão do Sul e de Campo Grande trabalham na investigação. Até o fechamento desta reportagem, a mulher não havia sido encontrada.
Sumiço - O desaparecimento de Angela chegou à polícia na manhã de hoje, após denúncia de Cleberson. Fotos com roupas sujas, chorando e ainda uma ligação dizendo “estou com sua mulher aqui e não vamos liberar ela” foram as últimas noticiais que ele teve sobre sua esposa.
Segundo o boletim de ocorrência, Angela teria ligado para o marido nesta quinta-feira (13), dizendo que havia chego na Capital e pegaria um táxi para ir até a rodoviária e depois seguir para Chapadão do Sul, município a 321 km de Campo Grande, onde ele mora.
Contudo, em seguida seu marido teria recebido uma ligação, as fotos e ainda mensagens por meio do WhatsApp em que os sequestradores pediam dinheiro pelo resgate da vítima, já que tinham usado todo o seu limite do cartão de crédito.
O que chamou a atenção, conforme o registro policial, é que na conversa do aplicativo, os sequestradores diziam que liberaram Angela na Rua Alcantara Machado, em Campo Grande, mas ela não apareceu.