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Cidades

Prefeitura entrega lista de funcionários fantasmas ao Gaeco

Alberto Dias | 14/12/2016 17:09
Gaeco recolheu documentos nas sedes da Omep e Seleta. (Foto: Fernando Antunes)
Gaeco recolheu documentos nas sedes da Omep e Seleta. (Foto: Fernando Antunes)

O prefeito Alcides Bernal (PP) entregou ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) uma lista atualizada com nomes de funcionários fantasmas e irregulares mantidos pelo município por meio de contrato com a Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária e Omep (Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar). O prefeito Alcides Bernal foi pessoalmente à sede do Grupo Especial para entregar o "dossiê".

Conforme a assessoria da Prefeitura, a lista traz uma atualização dos contratados pelas duas entidades, subtraídas as demissões já realizadas ao longo do ano a pedido do Ministério Público. A intenção é colaborar com as investigações sobre as duas entidades que atendem a Prefeitura há mais de uma década, cujos contratos datam de gestões anteriores à de Bernal. Tanto a Seleta, quanto a Omep, são alvo da operação Urutau, deflagrada ontem pelo Gaeco.

Ao todo foram expedidos 14 mandados de busca e apreensão de documentos, três prisões temporárias e sete conduções coercitivas. Nesta manhã de terça-feira (13), equipes do Grupo Especial amanheceram nas sedes da Omep, Seleta e na Câmara Municipal, onde fizeram buscas no gabinete da vereadora Magali Picarelli (PSDB).

As duas entidades são alvos de ação que apontou uma série de irregularidades, como funcionários fantasmas, servidores que recebiam salários diferentes, mesmo exercendo as mesmas funções, entre outros. Os contratos somam pelo menos R$ 6 milhões mensais. Ordem judicial de abril ordenou a demissão de 4,3 mil funcionários das entidades mantidos pela verba pública municipal.

Anteriormente, o Ministério Público já havia constatado que alguns vereadores teriam feito indicações de pessoas para trabalharem nas entidades. Até então, o nome de Magali Picarelli não constava com uma das pessoas que indicou trabalhadores. Ainda há outras ações envolvendo as entidades, que inclusive já pediam o afastamento dos presidentes Maria Aparecida Salmaze (Omep) e Gilbraz Marques (Seleta), que foi negado pela Justiça anteriormente.

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