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Cidades

Procurador Zeolla sai para fazer exames e visitar a mãe

Redação | 25/05/2010 10:00

O procurador-geral adjunto de Justiça, Humberto Brites, considera natural a dificuldade enfrentada pelo Ministério Público Estadual para encontrar um promotor para responder pela acusação do procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla.

Dois promotores já alegaram envolvimento pessoal com o réu, que confessou o assassinato do sobrinho Cláudio Zeola, em março de 2009. Os ex-colegas de Carlos Alberto justificam não ter condições de atuar como promotores na acusação.

Na avaliação de Brites, é natural que "alguém que tenha passado tanto tempo na instituição, tenha feito amigos".

Mesmo assim, o procurador-geral adjunto diz que o MPE já conseguiu encontrar três nomes, de membros do Ministério Público sem tanta ligação com Zeolla. Pelo menos um deles é do interior, garante, mas sem divulgar nomes.

Na manhã de hoje, Zeolla deixou a clínica Carandá, onde está internado desde que ocorreu o crime, para fazer exames cardiológicos na Chácara Cachoeira, sob escolta da PM.

Aparentemente com o mesmo peso que tinha na época do assassinato, o procurador apareceu de bermuda e camiseta, vestimentas necessárias para a avaliação física.

A Justiça autorizou a bateria de exames, assim como a visita dele à mãe, na rua das Garças. O pai do procurador, Américo Zeolla, morreu no mês passado, e desde então a viúva estaria com problemas de saúde.

Como a imprensa acompanhou a saída do procurador, a segunda oficial depois do crime, o procurador adiou a passagem pela casa da mãe.

Suspeição - Sobre o impasse na decisão de quem será o acusador de Zeolla, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, enviou ofício para que o procurador-geral de justiça Paulo Alberto de Oliveira designe um promotor que possa atuar na acusação.

A promotora Renata Ruth Fernandes Goya Marinho, designada para atuar perante a 1ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, declarou-se suspeita, por foro íntimo.

Como a promotora Luciana do Amaral Rabelo Nagib Jorge está de férias, o processo foi encaminhado ao promotor Renzo Siufi, que também declarou impedimento. Restaria, na sequência de substituições automáticas, o promotor Douglas Oldergado Cavalheiro dos Santos, mas ele está de férias.

Diante do impasse, o juiz solicitou que o procurador geral designe "com maior brevidade possível" um membro do MPE que possa atuar no caso.

O procurador conseguiu aposentadoria, com salário de R$ 22 mil.

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