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Cidades

Réu por evasão de divisas, Battisti se livra de tornozeleira eletrônica

No dia 4 de outubro de 2017, ele foi flagrado com 6 mil dólares e 1.300 euros em Corumbá

Aline dos Santos | 11/06/2018 11:06
Cesare (de camiseta branca) veio a Campo Grande em dezembro para colocar dispositivo eletrônico de monitoramento. (Foto: Bruna Kaspary)
Cesare (de camiseta branca) veio a Campo Grande em dezembro para colocar dispositivo eletrônico de monitoramento. (Foto: Bruna Kaspary)

Réu por evasão de divisas na Justiça Federal de Mato Grosso do Sul, o italiano Cesare Battisti se livrou da tornozeleira eletrônica em maio. De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), o dispositivo de monitoramento foi retirado no último dia 22. Cesare a usou a tornozeleira desde dezembro do ano passado, quando veio a Campo Grande especialmente para a colocação do equipamento.

As medidas cautelares foram cassadas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). No dia 8 de junho, foi publicado despacho em que a 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande indeferiu pedido do MPF (Ministério Público Federal) para restabelecer medidas cautelares diversas da prisão.

Em 4 de outubro de 2017, Battisti foi flagrado com 6 mil dólares e 1.300 euros em Corumbá, na fronteira com a Bolívia. Ele estava em um táxi boliviano com outros dois passageiros. A grande quantia em dinheiro chamou a atenção da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Em seguida, ficou preso na delegacia de Polícia Federal de Corumbá. No dia 5, durante a audiência de custódia, realizada por videoconferência, teve a prisão preventiva decretada por evasão de divisa e lavagem de dinheiro.

Na sequência, no dia 6, o italiano obteve habeas corpus no TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) e foi libertado, mas com exigência de tornozeleira eletrônica.

Condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo, Battisti chegou ao Brasil em 2004, onde foi asilado, mas preso em 2007 e 2009, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou sua extradição.

A medida foi negada pelo então presidente Luiz Lula da Silva (PT) em 2010. O ministro do STF, Luiz Fux, suspendeu eventual decisão do governo brasileiro para extraditar o ex-ativista italiano. Battisti nega ter cometido crimes no país europeu.

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