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Cidades

Segurança desloca grupos de elite para reforçar combate ao crime organizado

Ação tem apoio de helicóptero e a expectativa é apreender armas, drogas e cumprir mandados de prisão

Aline dos Santos | 02/03/2018 10:34
Operação é realizada em municípios de fronteira com o Paraguai. (Foto: Divulgação)
Operação é realizada em municípios de fronteira com o Paraguai. (Foto: Divulgação)

Com reforço dos batalhões Bope e Choque, a operação Fronteira 67 chegou ontem a municípios fronteiriços com o Paraguai para combater tráfico de drogas e armas. Segundo o titular da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), Antonio Carlos Videira, não é a primeira vez que a forças especiais atuam em parceria com o DOF (Departamento de Operações de Fronteira).

“Mas é a edição com maior volume de policiais do Choque e do Bope. Para que possam adquirir conhecimento sobre as principais vias, rotas de acesso”, afirma.

Ele explica que em geral, equipes do Bope e Choque atuam mais na região Norte do Estado, onde ficam as divisas e o crime do “novo cangaço”, com assaltos a banco em pequenas cidades. Para o secretário, levar equipes de Campo Grande para a fronteira com o Paraguai não afeta o policiamento. “Vamos revezar o efetivo para não desguarnecer a Capital e nem a região Norte”, diz.

A ação tem apoio de helicóptero e a expectativa é apreender armas, drogas e cumprir mandados de prisão. Sem prazo anunciado de término, um expediente para que os traficantes não retardem o crime à espera do fim do trabalho especial, a Fronteira 67 é realizada em Ponta Porã, Tacuru, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Antônio João, Paranhos e Sete Quedas. Ontem (dia 1º), foram apreendidos dois quilos de pasta base de cocaína e cumprido um mandado de prisão.

Rotas - Levantamento da PF (Polícia Federal) mostra que fica em Mato Grosso do Sul duas das oito principais rotas para ingresso de armas no Brasil. O destino é abastecer facções criminosas.

Ponta Porã, na fronteira com Pedro Juan Caballero (Paraguai), é a quarta colocada no ranking das principais vias terrestres usada pelos criminosos. Já a fronteira entre Corumbá e Puerto Suarez (Bolívia) ocupa a quinta colocação.

O ranking é liderado pela fronteira de Santana do Livramento (Rio Grande do Sul) e Rivera (Uruguai), seguido pela Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

Pistolas e revólveres vêm do Paraguai, enquanto rifles e fuzis têm origem no Estados Unidos. O levantamento foi realizado a partir do rastreamento de 9.879 armas aprendidas pela PF.

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