Técnico de laboratório "vendeu" aborto em Porto Murtinho
Preso na noite de ontem (27) em Porto Murtinho (distante 431 quilômetros de Campo Grande), o técnico de laboratório Dnilson Rodrigues Nunes é acusado vender abortivo para uma mulher de 20 anos.
Identificado erroneamente em reportagem como enfermeiro, Dnilson atuava no Hospital Municipal Oscar Ramires Pereira e tinha acesso a medicamentos de uso restrito, que podem ter sido utilizados por ele em outros casos.
Dnilson foi preso após denúncia feita pelo Conselho Tutelar de Porto Murtinho. De acordo com as investigações, fora de seu horário de serviço ele teria vendido medicamentos e induzido a jovem a abortar.
O feto, de um menino, foi encontrado na casa de uma testemunha, parente da mãe, enrolado em uma blusa. A jovem, sentindo muitas dores, procurou a mulher.
De acordo com exames médicos foi constatado que o feto nasceu com vida, tinha 25 centímetros e entre 5 e 6 meses de gestação. Logo após o nascimento, a criança morreu.
Sob custódia no Hospital Municipal, a mãe aguarda recuperação para responder ao inquérito policial. Ela foi autuada em flagrante e, em seu caso, o crime é inafiançável.
Dnílson está preso na delegacia de Porto Murtinho. Além de ter de responder pelo crime de prática de aborto realizado ontem, será investigado por casos semelhantes pela Polícia Civil.