Três pessoas continuam presas após operação em Dourados
Três pessoas presas na operação Vitruviano continuam na carceragem da PF (Polícia Federal): o proprietário do Posto da Base, Paulo Francisco, o advogado Luiz Carlos de Mattos, e o dono de uma garagem em Caarapó, Onofre Pereira de Matos.
Na região Sul do Estado, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e outras quatro pessoas foram levadas à sede da PF de Dourados para prestar depoimento.
Estas quatro pessoas, entre elas, um dos gerentes do banco Bradesco de Itaporã, já foram liberadas.
Em liberdade, eles continuam investigados.
Segundo a PF, a quadrilha desarticulada hoje era chefiada pelo ex-major da Polícia Militar Sérgio Roberto de Carvalho, já condenado por tráfico internacional de drogas, e atualmente preso por envolvimento na máfia da jogatina, no Presídio Federal de Campo Grande.
O grupo teria movimentado de 2002 a 2006 mais de R$ 110 milhões.
A investigação começou em 2008 e evidenciou a utilização de várias empresas de fachada com intensa movimentação financeira de origem injustificada. Os levantamentos policiais indicaram que essas empresas movimentaram, só entre 2002 e 2006, mais de R$ 110 milhões.
Inicialmente, o que se investigava era o crime de lavagem de dinheiro, decorrentes dos crimes de tráfico de drogas, contrabando e evasão de divisas praticados pelo grupo chefiado por Sérgio Roberto de Carvalho.
Durante as apurações foi descoberta uma negociação fraudulenta que envolvia a compra e venda de uma usina de cana-de-açúcar localizada em Juscimeira, no Mato Grosso, e ainda, a simulação de um litígio na Comarca de Anaurilândia, a 367 quilômetros de Campo Grande, como forma de fraudar a espólio de Olympio.
Nessas operações, a quadrilha conseguiu se apossar de R$ 3,9 milhões em julho de 2007. O dinheiro foi pulverizado entre várias pessoas para dificultar o rastreamento pelos investigadores.