Como evitar que seu pet pegue leishmaniose?
Tudo que você precisa saber para proteger você e seu animal dessa doença
A maioria de nós já teve ou conhece alguém que tenha um cãozinho com leishmaniose, afinal moramos em área endêmica. E o que isso significa? Que todos os cães que moram no nosso estado vão ter contato com a leishmaniose. Nenhum de nós quer receber uma notícia dessas descobrindo que seu cãozinho está com a doença. Mas com a experiência que tenho em anos de atendimento posso te afirmar que essa doença é muito mais comum do que você imagina.
A leishmaniose é uma doença sem cura, apenas melhora dos sintomas se tratado da maneira correta. E é uma zoonose, ou seja, as pessoas também podem ser contaminadas.
Mas tenha calma, o objetivo dessa matéria não é te deixar triste falando de doença, mas alertar sobre como é importante a prevenção. Á essa altura você deve estar pensando: “Ah eu já protejo meu cãozinho dessa doença”, “Ah na minha casa não entra mosquito”. Mas será que realmente seu pet está protegido? Será que existe alguma casa em Campo Grande em que o mosquito realmente não consegue entrar?
Bom, eu moro no andar 17º de um prédio no centro e te garanto que aqui também entra mosquito. Por isso pessoal que mora em apartamento, o cãozinho de vocês não está imune somente pela localização ou altura de onde vocês moram. Infelizmente os mosquitos transmissores dessa doença estão por toda parte, então o que nos resta fazer é prevenir!
Anote aí 6 formas para proteger seu cãozinho:
- Telas de proteção contra o mosquito;
- Pipeta (óleo repelente) aplicado no dorso do cãozinho - Dependendo da marca pode ser usada com 28 dias de idade;
- Spray repelente;
- Coleira de proteção - Pode ser usada a partir de 3 meses de idade;
- Vacinação - Possui 96% de eficácia e pode ser aplicada a partir de 4 meses de idade;
- Higiene do ambiente - Mesmo que sua casa seja muito limpa, os mosquitos podem voar até 5 km de distância, por isso não deixar lixo acumular em casa para não atrair mosquitos é um dever de cada um em respeito às outras pessoas que podem ser contaminadas.
Por estarmos em área endêmica, o ideal é que faça o uso de 3 formas diferentes de proteção individual, ou seja: vacina + coleira + pipeta. Além de cuidar também do ambiente. Assim como qualquer outra vacina, a vacina de leishmaniose não impede que o cãozinho contraia a doença, mas diminui as chances de desenvolver os sintomas da doença.
Confira a galeria de imagens:
Como não existe 100% de proteção em nenhuma das formas isoladas que se faz necessário a associação de 2 ou mais formas de proteção. Quer saber mais sobre como proteger seu pet, acesse o link do instagram: @larissameurer
(*) Dra. Larissa Meurer é médica veterinária com 5 anos de experiência clínica. Especializada em Prevenção e profissional no atendimento domiciliar. Trabalha realizando treinamentos de equipe em pet shops com foco em prevenção. E também realizando consultas, exames e vacinas em domicílio com objetivo de aumentar o tempo de vida dos animais e trazendo ainda mais qualidade de vida aos pets e consequentemente pra toda família de seus pacientes.