Mulheres que usam maquiagem podem ganhar mais
A maquiagem está ligada à autoconfiança e com isso, valorização profissional
O programa Fantástico exibiu, no último domingo, uma reportagem com o seguinte tema: “porque não usar maquiagem incomoda tanta gente”. Isso porque algumas personalidades, como Pamela Anderson, aderiram “à moda” de aparecer nos programas de TV e premiações de cara limpa, em um movimento para questionar a suposta imposição social sobre as mulheres para que elas estejam sempre maquiadas. Polêmicas à parte, eu não sinto essa imposição e vejo a maquiagem como uma importante ferramenta em nosso dia a dia, principalmente profissional. A mulher consegue disfarçar olheiras, ficar mais colorida e parecer mais disposta em instantes. Sabemos da correria do dia a dia, e muitas vezes ter o rosto corado, descansado e sem olheiras, sem nenhum artifício, é quase impossível.
A maquiagem é uma importante ferramenta porque através dela podemos nos sentir mais seguras, mais confiantes, e também somos sim livres para sair na rua de cara limpa se assim desejarmos. Mas o fato é que, com o rosto mais pálido, sem maquiagem, e sem a correção de olheiras, a grande maioria de nós mulheres parecemos sim mais cansadas. Um batonzinho faz milagres. E justamente por isso diversas pesquisas revelam que mulheres que usam maquiagem, ou seja, que parecem mais bem cuidadas no dia a dia, ganham até 20% mais. O cuidado pessoal com cabelo, com a roupa e a maquiagem podem influenciar, sim, no salário.
Já falei aqui na coluna sobre este estudo da Universidade de Chicago (https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0276562416300518_). De acordo com a pesquisa, quem vai trabalhar de qualquer jeito ganha 18% a menos do que a média. No outro extremo, quem é muito bem cuidado ganha até 20% a mais. O ganho extra está mais relacionado a estar bem penteado, bem-vestido e maquiado, no caso das mulheres, do que a ser atraente naturalmente.
Usar peças adequadas ao dia a dia da empresa e do ramo de atividade faz com que a integração do profissional, a conexão e o reconhecimento aconteça mais rápido e a produtividade seja maior, porque a autoconfiança costuma vir junto neste combo. Quando investimos tempo nos cuidados pessoais, nos sentimos mais animados e otimistas, e claro que isso influencia diretamente na imagem que transmitimos e na remuneração.
Apesar de muita gente considerar os cuidados pessoais irrelevantes para a profissão, o fato é que, além do comportamento e qualificação, o modo como o profissional se veste e se cuida também é observado e avaliado.
(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial. Siga no Instagram @vistavoce_.
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