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Boa Imagem

Se vestir bem depende de adequação

Para se vestir bem, é preciso adequação ao tipo de evento.

Por Larissa Almeida (*) | 18/07/2024 16:00


Faltam 7 dias para a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris e, nesta semana, o uniforme que os atletas brasileiros usarão durante o evento, no próximo dia 26 de julho, se tornou novamente alvo de polêmicas. Já que o nosso tema aqui é boa imagem, vamos usar este assunto para falar sobre adequação. Uma mesma roupa, por exemplo um terno feito sob medida, pode ser perfeito para um evento como um casamento, mas pode ser péssimo para ir visitar um cliente informal. Através da vestimenta conseguimos criar conexão, transmitir mensagens sobre os nossos valores e a maneira como pensamos, imprimir nossa personalidade e, inclusive, demonstrar respeito quando somos convidados para algum evento.

Imagine se um amigo te convida para um jantar na casa dele e ele deixa a casa limpa e cheirosa, coloca uma boa música, prepara a refeição com carinho, toma banho, veste uma calça bacana e uma camisa polo para te receber e você aparece descabelado, de bermuda, chinelo e camiseta de time de futebol? Isso seria no mínimo desrespeitoso. Automaticamente se interpreta que você não deu muita importância para aquele convite e foi de qualquer jeito.

Dei um exemplo mais radical, mas a vestimenta escolhida para os atletas brasileiros representarem o Brasil na cerimônia de abertura seguiu uma lógica parecida. Enquanto o traje dos anfitriões será mais formal, e da maioria dos outros países também, o nosso será extremamente informal.

O uniforme dos atletas de Paris para a cerimônia de Paris dá o tom do evento. Os homens estarão de paletó e calça azul marinho, camisa social branca e tênis, e as mulheres de colete em alfaiataria, camisa regata branca e calça ou saia também em alfaiataria azul marinho, ambos acompanhados por tênis ou mocassins, no marinho. Estarão de alfaiataria de primeira qualidade com um toque esportivo que o evento pede.

Já a delegação brasileira apresentou para a ocasião uma calça ou saia de algodão, camiseta básica listrada, jaqueta jeans e chinelo de dedo (algumas fotos são representadas com tênis branco, então ainda resta uma esperança). Nada mais informal, não é mesmo? Longe de debater a simbologia das escolhas, é preciso falar de adequação. O chinelo de dedo é inadequado para a cerimônia, e o jeans poderia ser usado numa modelagem mais formal, como num blazer, e as saias sem o elástico (tão casual) na cintura. Será um evento repleto de protocolos internacionais, e era esperado uma vestimenta - no mínimo -  adequada à ocasião, demonstrando que nós brasileiros conhecemos e respeitamos as regras e protocolos.

 A maneira de se vestir para um aniversário de criança é diferente da maneira de se vestir para um aniversário de adulto, assim como é diferente para ir a um casamento ou ao trabalho. E o que cada um dos tipos de vestimenta tem em comum? Todos necessitam de adequação. Por isso que reafirmo o título da coluna de hoje: se vestir bem tem muito mais a ver com a escolha adequada das peças, de acordo com o tipo de evento, de ambiente, o horário e o local, do que com o valor das peças ou qualquer outro detalhe.

(*) Larissa Almeida é formada em Comunicação Social pela UFMS e pós-graduada em Influência Digital pela PUC-RS. Trabalhou durante 14 anos na área de comunicação e imagem em importantes instituições como Caixa Econômica Federal, Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Senado Federal, além de ter coordenado a comunicação da Sanesul. Consultora de imagem formada pelo RML Academy e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Especialista em Dress Code e comportamento profissional por Cláudia Matarazzo e RMJ Treinamento e Desenvolvimento Empresarial. Siga no Instagram @vistavoce_.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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