A escada do imposto de renda e os bilionários que pagam 1,6%
Mário Sérgio Lorenzetto | 18/03/2021 06:35
É possível imaginarmos uma escada com 100 degraus, ordenando os contribuintes do Imposto de Renda segundo sua renda anual declarada. Até o décimo quinto degrau a alíquota efetiva é próxima a zero. Subindo um pouco, indo até o vigésimo quinto degrau, a receita federal conseguiu recolher cerca de R$ 5 milhões. São 7,5 milhões de contribuintes que podem ser colocados nesses 25 degraus, os mais baixos da escada. Esse é um valor insignificante para a receita federal quando se sabe que ela arrecada em torno de R$ 160 bilhões com esse imposto.
A classe média tem as alíquotas mais pesadas.
À partir do décimo quinto degrau da escada até o antepenúltimo (98), as alíquotas do imposto de renda se elevam de forma progressiva. Neste patamar, os brasileiros pagam entre 11,8% de toda sua renda até 13,4%. Veja o grande "clube" dessa faixa no quadro criado pelo estudioso Alexandre Ferraz:
À partir do décimo quinto degrau da escada até o antepenúltimo (98), as alíquotas do imposto de renda se elevam de forma progressiva. Neste patamar, os brasileiros pagam entre 11,8% de toda sua renda até 13,4%. Veja o grande "clube" dessa faixa no quadro criado pelo estudioso Alexandre Ferraz:
Crédito: Nexo Jornal
Os bilionários e o imposto de renda.
No penúltimo e no último degrau, os mais ricos do país, a alíquota efetiva despenca. Os quase 30 mil declarantes no penúltimo degrau, pagam em média 10,7% de sua renda em IRPF. Já o pessoal do diminuto clube dos bilionários, apenas 1% dos declarantes, paga apenas 4,7% em média. Não resta dúvida que os mais ricos pagam proporcionalmente menos. Mas são os mais eficientes em imprimir a pauta do país: "chega de impostos" ou seu equivalente "O Estado deve ser mínimo".
No penúltimo e no último degrau, os mais ricos do país, a alíquota efetiva despenca. Os quase 30 mil declarantes no penúltimo degrau, pagam em média 10,7% de sua renda em IRPF. Já o pessoal do diminuto clube dos bilionários, apenas 1% dos declarantes, paga apenas 4,7% em média. Não resta dúvida que os mais ricos pagam proporcionalmente menos. Mas são os mais eficientes em imprimir a pauta do país: "chega de impostos" ou seu equivalente "O Estado deve ser mínimo".