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Em Pauta

A morte dos shoppings e o fim do Facebook

Mário Sérgio Lorenzetto | 02/06/2016 08:05
A morte dos shoppings e o fim do Facebook

Para que servem as prateleiras abarrotadas de livros? E as estantes de CD, escrupulosamente dispostos por ordem alfabética e gênero musical? Facebook? Nem pensar, "coisa da tiazinha ou da vovózinha". Aliás, "nem pensar" vale para qualquer rede social onde a mãe ouse aparecer. Os filmes e séries só no Netflix. Livros? Muitos estão sendo substituídos por "fanfictions", plataformas onde se cruzam fãs de artistas, que escrevem mini-histórias, reais ou fictícias. Tudo em inglês. Notícias? Só as que são lidas em sites, via de regra, compartilhadas com amigos. A roupa é meticulosamente escolhida em sites, até há bem pouco tempo estrangeiros, e as compras acabam por ser feitas online.

Essa é uma viagem dentro de uma imensa quantidade de residências onde exista um "millennial", aqueles que nasceram entre a década de 1980 e os anos 2.000. Residências que apontam para um futuro que passa pela morte dos shoppings e pelo fim do Facebook. De fato na "sharing economy", de que serve comprar algo que pode ser compartilhado até o esgotamento? E com o avanço interminável do comércio eletrônico, qual será a função das lojas físicas, a não ser a de dispor de uma seção de trocas? Nos Estados Unidos um fotografo resolveu clicar só prédios de shoppings abandonados. O material, revelador, e assustador para proprietários desses prédios, está compilado no livro "Black Friday".

Muito simples, a forma de viver mudou. E continuará mudando. E qualquer semelhança entre a forma de consumir hoje e a de daqui a dez anos, será mera coincidência. Não duvidem, os novos consumidores exigirão três coisas: instantaneidade, conectividade e exclusividade. É claro que essa é apenas uma previsão. Mas está lastreada em estudo e não em uma bola de cristal.

A morte dos shoppings e o fim do Facebook

Pelé leiloa o que ganhou.

Pelé está em Londres para promover o leilão de objetos que ganhou ao longo de sua carreira. O lendário jogador estará vendendo desde uma réplica do troféu do Campeonato Mundial de 1977 a uma anel ganho na Liga de Futebol norte-americana. Serão mais de 2 mil objetos. Os especialistas estimam que a cópia da Jules Rimet, a taça de 1977 será vendida pelo valor mais alto - entre 400 e 600 mil dólares. Pelé está com 75 anos e resolveu realizar o leilão para doar uma parte do que foi arrecadado para o Hospital Pediátrico Pequeno Príncipe.

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Foi dado um passo a mais para uma vacina universal contra o câncer.

Esta semana, em um artigo publicado na revista Nature, uma equipe de cientistas da Universidade de Maguncia (Alemanha), explicam como conseguiram desenvolver um sistema que pode ser o primeiro passo para criar uma vacina universal contra o câncer. Os testes alcançaram sucesso em ratos e em três pessoas.

A ideia é alcançar as células dendríticas do sistema imunológico, que são capazes de provocar uma resposta ao tumores. Para conseguir alcançar essas células dendríticas, "empacotaram" RNA (as moléculas que permitem ao DNA produzir proteínas) com lipídeos e o injetaram em ratos. Esse envoltório de lipídeos conservou o RNA, que normalmente era decomposto pelo organismo, e permitiu chegar às células dendríticas e também aos macrófagos (um tipo de glóbulo branco) presentes no baço, nos nódulos linfáticos e na medula óssea. Ali o RNA se converteu em um antígeno específico contra as células cancerosas. Assim, foi dado o sinal que desatou uma resposta imunológica bem dirigida e potente contra a enfermidade.

Os cientistas consideram que está provado esse sistema de empacotamento de RNA em vários tipos de tumores, pois observaram uma intensa reação de glóbulos brancos atacando as células tumorais. Além disso, em um pequeno ensaio com três enfermos com melanoma (câncer da pele) também observaram que o mecanismo tinha os efeitos esperados ao produzir uma resposta potente do sistema imunológico. Os autores desse trabalho estão provando agora sua técnica com mais pacientes e querem ampliar o uso de sua vacina para outros tipos de câncer. Além dos três tipos ( no baço, nos nódulos linfáticos e na medula óssea), os ensaios clínicos para 2016 são para melanoma, câncer de mama triplo negativo ( os de pior prognóstico), câncer de cabeça e colo.

A morte dos shoppings e o fim do Facebook

Contendo o desejo na obesidade.

Grelina é o nome de um dos mais importantes hormônio da fome. Em uma série de estudos, pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, demonstraram que a liberação da grelina pelo estômago aumenta diretamente a liberação de dopamina no circuito de recompensa do cérebro. Surge a vontade de comer doces e alimentos gordurosos, ainda que o estômago esteja lotado de alimentos.

Uma cirurgia para controlar o peso revelou a importância da grelina e forneceu pistas sobre porque alguns de nós comem muito além de nossas necessidades. Conhecida como cirurgia bariátrica, é um tratamento que reduz drasticamente o estômago pela remoção de tecido ou pela colocação de uma banda gástrica que não permite mais de 57 gramas de comida a cada vez.

Um mês após a cirurgia, os pacientes costumam ter menos fome e não se sentem atraídos por alimentos ricos em açúcares e gorduras - possivelmente por causa de mudanças na quantidade de hormônios que seus novos estômagos, bem menores, produzem. Estudos de exames cerebrais revelam que essa vontade reduzida reflete mudanças no cérebro. Após a cirurgia, o circuito de recompensa reage de forma muito mais fraca a imagens e nomes de alimentos outrora desejados. Os estudos revelaram níveis mais baixos de grelina (o hormônio estimulador da fome) e, ao mesmo tempo, níveis mais altos de peptídeo YY, que reduz o apetite, após a cirurgia bariátrica.

Enquanto não se decidem pela cirurgia, a estratégia correta é não levar para casa doces, massas, pães e outros alimentos açucarados ou gordurosos e evitar qualquer restaurante do tipo "coma à vontade".

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