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Em Pauta

Assim foi o último dia dos dinossauros

Mário Sérgio Lorenzetto | 11/09/2019 06:31
Assim foi o último dia dos dinossauros

Foi há 66 milhões de anos. Um asteroide impactou com a Terra onde é hoje o golfo do México. O choque causou o desaparecimento de 75% da vida, começando com os dinossauros. Esta já não é uma teoria. Agora, o estudo de um cilindro de rocha extraído da cratera criada pelo impacto do asteroide, permitiu aos cientistas reconstruírem, minuto a minuto, o que aconteceu naquele tempo. E foi um verdadeiro inferno.

Assim foi o último dia dos dinossauros
Assim foi o último dia dos dinossauros

A expedição que retirou o cilindro da cratera.

Em 2016, a "Expedição 364 à Cratera de Chicxulub" na Península de Yucatán, no México, perfurou a zona de impacto. O buraco feito não foi feito no centro e sim na borda da cratera. Extraíram um cilindro rochoso de 1.334 metros que estava debaixo do leito marinho. Cortado em porções, seu estudo por um amplo grupo de cientistas conta a história em capítulos tão precisos como são feitos com os anéis das árvores.

Assim foi o último dia dos dinossauros

O tamanho real do impacto.

Os estudos demonstraram que o impacto liberou energia equivalente a 10 milhões de bombas atômicas como a de Hiroshima. Levantou na atmosfera 425 gigatoneladas de CO2 e 325 de sulfuros. O tsunami que veio em seguida, levou água do Caribe até os Grandes Lagos dos Estados Unidos, a uma distância de 2.500 km da zona de impacto.
Em apenas 24 horas, o buraco se encheu com uma camada de 130 metros de sedimentos, que são os estudados agora.

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Um asteroide de 12 quilômetros mudou o planeta.

Os cientistas afirmam que esse asteroide tinha por volta de 12 quilômetros. O choque levantou uma montanha de material fundido maior que o Everest e mais quente que a superfície do Sol. Todas as árvores em uma circunferência de milhares de quilômetros foram fundidas no instante do impacto. Uma chuva de rocha fundida caiu sobre todas as três Américas e sobre a Europa. O pó acumulado na atmosfera impediu durante meses a existência da fotossíntese das plantas terrestres e do fitoplâncton marinho. Todas as cadeias da vida entraram em colapso. A falta de luz congelou o planeta. Chuvas ácidas caíram durante meses seguidos.
Como consequência, mais de 75% das espécies desapareceram e 99,9% de todos os organismos vivos pereceram. O ecossistema planetário foi destruído. E teve de reinventar-se.

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