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Em Pauta

Black Friday: o guru explica a impulsão da compra

Mário Sérgio Lorenzetto | 26/11/2016 08:20
Black Friday: o guru explica a impulsão da compra

Talvez não saiba. Mas é possível que você comprará teus sapatos preferidos, mudará a marca do café ou ficará louco por uma camiseta por culpa de Martin Lindstrom. O mais provável é que esse nome seja desconhecido para você, a não ser que seja ligado ao mundo do marketing ou da comunicação. Lindstrom é o maior guru das grandes marcas mundiais. Esse dinamarquês apareceu na lista da revista Times como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Dentre uma centena de marcas, Lindstrom é o guru da Nestlé, da Coca Cola e Mac Donald´s.

Apaixonado pelas novas tecnologias e como elas podem influenciar na decisão dos consumidores na hora de escolher um produto, o dinamarquês tem conselhos importantes para o que fazer na hora de comprarmos "feito doidos" em dias de suposta promoção como o Black Friday.

A revista One foi entrevistar Lindstrom. "Fizemos um estudo com ressonância magnética na qual analisamos o cérebro de 2.000 consumidores de seis países diferentes. A pesquisa nos mostrou que 85% de tudo que fazemos a cada dia é profundamente irracional". Depois desse choque - somos essencialmente irracionais - Lindstrom afirma: "Há muitas estratégias atualmente para assegurar que o consumidor gaste muito dinheiro com as marcas. A primeira estratégia é assegurar que o consumidor se sinta identificado com o produto ou o serviço e, portanto, com a marca. Temos que ter em mente que, ao fim e a cabo, todos somos uma marca pessoal, e se te vê como uma marca pessoal, tudo que compra é para realizá-la. Quer dizer, amplificar tua personalidade e tua identidade para o mundo".

Black Friday: o guru explica a impulsão da compra

Os conselhos de Lindstrom para evitar gastos exagerados

Tenho três conselhos para os que de verdade querem gastar dinheiro. O primeiro é não ir às compras com alguma amigo ou amiga. Se formos com alguém, está demonstrado que compramos 17% a mais por culpa da pressão social.

Se, de verdade, estiver enamorado por aquela televisão ou vídeo game ou o que seja, não compre. Espere 24 horas. Quando compramos algo ou quando temos o desejo de comprar, há um neurotransmissor chamado dopamina que é liberado em nosso cérebro. A dopamina chega lentamente em teu cérebro. Isso significa que essa sensação de urgência de comprar nos fará sentir mais importantes, mas essa sensação desaparece em 24 horas. O terceiro que podemos fazer está relacionado com as compras online. Não compre tudo que deseje ou necessite da primeira vez.

Coloque todos os produtos que deseja na cesta de compras do site, mas só compre o de menor valor. Após algumas horas, se o site for inteligente (algo como 30% dos sites brasileiros já aderiram a esse marketing), receberá uma mensagem dele te dando algo como 10% de desconto. Você ganhará 10% de desconto apenas comprando em duas etapas os produtos que deseja.

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Uma pulseira para acabar com os estupros e assédios das mulheres

A quantidade de mulheres estupradas e assediadas no mundo, não para de crescer. Para dar mais confiança às mulheres e evitar essas situações, será lançada no início do próximo ano a "Pearltect", uma pulseira que emite cheiros nocivos para afastar a mulher de um homem que a ataque. Hoje, 25 de novembro, é o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres.

Essa pulseira é ativada através de dois mecanismos. Primeiro é carregada usando um botão e, depois, ela pode ser puxada, eliminando o odor insuportável. Tem duplo mecanismo para evitar que seja acionada sem querer. A Pearltect já está em pré-venda na internet europeia. Começará a ser comercializada no primeiro trimestre de 2017.

Black Friday: o guru explica a impulsão da compra

O Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres e as Irmãs Mirabal

"As Mariposas", assim era conhecidas três irmãs da República Dominicana em 1960. Minerva, Dedé e Patria eram três irmãs com formação universitária, casadas e com filhos que se tornaram símbolos na luta contra o ditador Trujillo que comandava o país. Sabiam os riscos que corriam pelas inúmeras manifestações contra a ditadura. Minerva, a mais ativa das irmãs, declarou poucos dias antes de seu assassinato: "Se me matarem, tirarei os braços da tumba e me tornarei mais forte".

Há exatos 56 anos assassinaram Minerva, Dedé e Patria. Os corpos das Mariposas foram encontrados, destroçados, no interior de um jeep jogado em um barranco, no noroeste da República Dominicana. Horas antes, as três mulheres, haviam sido assassinadas por um esquadrão enviado pelo ditador. Os homens as mataram e colocaram no jeep para simular um acidente. Mas, desde o primeiro minuto, ninguém duvidava que fora um crime. O vaticínio de Minerva ocorreu. As mortes das irmãs serviu de catalisador da queda do ditador.

Desde 1999 a ONU declarou o 2 de novembro, em memória das Mariposas, como a Dia Internacional que visa combater qualquer violência contra as mulheres.

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Contadores serão obrigados a denunciar possíveis falcatruas

Uma nova norma de conduta profissional entrará em vigor a partir de julho. Ela prevê que, quando souber de descumprimento relevante de lei ou de regulamento em uma empresa para qual preste serviço, e que comprometa o interesse público, o contador deve denunciar o fato às autoridades, caso a própria companhia não tome as providências. Os contadores estão temendo as consequências que poderão sofrer quando fizerem denúncias, que não seriam apenas a perda do trabalho. Os órgãos que representam esses profissionais estão debatendo com reguladores e advogados como aplicar a nova norma.

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