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Em Pauta

Destruição do Pantanal: seis anos em um

Mário Sérgio Lorenzetto | 16/09/2020 06:40
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Os incêndios no Pantanal equivalem à destruição dos últimos seis anos. Foram queimados - até agora - 17% da área. Se não bastasse, as populações de animais, mortos pelo fogo ou pela falta de alimentos - deve demorar pelo menos 20 anos para voltar aos níveis de antes das queimadas.


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Como o poder público responde aos incêndios.

No sábado passado, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, anunciou que o governo federal "reiterou a oferta de ajuda" aos governos de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso para o enfrentamento das queimadas. Segundo o ministro, o governo Bolsonaro começou a liberar recursos em 2 de setembro. Na contramão de Rogério Marinho, o ministro Salles, do Meio Ambiente, gravou um vídeo que está fazendo a alegria dos fazendeiros que estão ateando fogo no mato. Afirmou que a culpa é da ma gestão das folhas em excesso. E foi além: a culpa é dos ambientalistas. Também inventou uma mentira descabelada: os ambientalistas estariam impedindo o uso dos produtos químicos retardante de fogo.


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Polícia pega piromaníaco.

A Polícia Federal esteve na Serra do Amolar. Essa região do Pantanal fica a 20 horas de barco, com motor potente, da cidade de Corumbá. É um lugar (ou era) belíssimo. Também quase desabitado. Há uma pequena comunidade que vive na beira do rio e dele se alimenta. Todos os demais moradores ou frequentadores são fazendeiros e seus peões. Os incêndios nessa região são certamente originários da ação criminosa de fazendeiros e seus funcionários.


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Precariedade da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

Tradicionalmente, bem apetrechada, a pasta do governo estadual que responde pelo combate aos incêndios, afirmou que só dispunha de cinco homens do Corpo de Bombeiros e sete brigadistas do PrevFogo. Segundo a própria secretaria, os homens se deslocavam de barco por um trecho e depois seguiam "a pé carregando bombas de água nas costas por distâncias longas e atravessando trechos alagadiços". A partir do engajamento do governo federal, foram mobilizados 320 militares e civis, quatro helicópteros e um avião capaz de despejar 12 mil litros de água a cada sobrevoo. No momento que a Marinha entrou no combate, foram disponibilizadas centenas de pessoas, seis aeronaves e três helicópteros.

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