ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, QUARTA  27    CAMPO GRANDE 26º

Em Pauta

Grafeno na retina para devolver a visão

Mário Sérgio Lorenzetto | 24/03/2019 07:10
Grafeno na retina para devolver a visão

Theia fazia parte, segundo a mitologia grega, da poderosa raça dos Titãs. Era filha de Gaia (a Terra) com Urano (o Céu). Foi mãe de Helios (o Sol), Selene (a Lua) e de Eos (a Aurora). Os gregos consideravam Theia uma deusa de luz, responsável por outorgar brilho às pedras e metais preciosos, assim como à sua própria descendência. Também era considerada Deusa da Visão, podia retirar a venda dos olhos humanos para que enxergassem a realidade tal como ela é. Essa a ideia do Projeto Theia. Devolver a visão para quem não enxerga ou tem deficiência visual. "A visão é algo muito importante para quase todos, desde o desenvolvimento intelectual até as oportunidades econômicas. Se não enxerga bem, têm um problema grave", afirma Gabriel Silberman, diretor do projeto.

Grafeno na retina para devolver a visão
Grafeno na retina para devolver a visão

Sete instituições para devolver a visão.

Sete das maiores instituições científicas espanholas estão envolvidas no Projeto Theia. É multidisciplinar. Há um instituto químico, outro de nanotecnologia, de genoma, de bioengenharia, de ciências fotônica, de biomedicina e de física de alta energia. Conseguiram construir um projeto científico conjunto.

Grafeno na retina para devolver a visão

Poderão curar 80% dos 230 milhões de pessoas com deficiência visual.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde - OMS - existem mais de 253 milhões de pessoas com deficiência visual no mundo, 36 milhões são completamente cegos. A OMS assegura que outros 115 milhões estarão com deficiência visual ou cegos totalmente até 2050. Fazer algo é, pois, urgente e necessário. Nesse contexto, a proposta do Projeto Theia é uma das mais avançadas e revolucionárias. O implante de grafeno que está sendo desenvolvido estará em contato com a retina para estimular os neurônios ganglionares (responsáveis por levar os impulsos ao cérebro), através de uma série de eletrodos.
Na atualidade, os cientistas já conseguiram chegar a um protótipo desse implante. Estão conduzindo testes in vitro para comprovar que seu funcionamento seja correto. Em pouco tempo começarão os testes com os olhos de porcos anões, já que são os olhos mais similares fisiologicamente aos humanos. Não há uma data específica para que tais implantes comecem a ser comercializados. Mas todos os resultado são considerados ótimos até o momento.

Nos siga no Google Notícias