Medicamento eficaz contra a covid custará mais de US$1.250
O mundo científico aguardava para junho ou julho deste ano um anticorpo monoclonal que efetivamente curasse a covid-19. Atrasou. Finalmente foi aprovado pela FDA - a agência que libera medicamentos nos EUA - o "Bamlanivimab", criado pela empresa Eli Lilly. Esse medicamento só poderá ser utilizado antes do paciente ser hospitalizado. Não apresentou resultados eficazes nas fases mais avançadas da doença. Os ricos já podem respirar aliviados. A classe média e os pobres terão de continuar esperando - sentados, de preferência - o final da guerra política entre Bolsonaro e Dória por alguma vacina.
Só 1,6% dos que tomaram o Bamlanivimab foram parar no hospital.
O tratamento foi aprovado para maiores de 12 anos que deem positivo para a covid-19, inclusive idosos e obesos. Mas só pode ser administrado até 10 dias depois do teste ter dado positivo. Os resultados desse fármaco são alentadores, somente 1,6% dos que o receberam, foram hospitalizados. Faça a conta inversa: 98,4% dos que receberam o medicamento da Eli Lilly foram curados rapidamente. É um resultado melhor que qualquer vacina possa almejar.
O governo dos EUA comprou 300.000 doses.
A empresa farmacêutica já enviou para o mercado esse anticorpo monoclonal. Ainda não informou quanto custará para os pacientes que o adquirirem no comércio. Mas é possível ter uma ideia. A Eli Lilly firmou um contrato com os EUA de US$375 milhões pela entrega de 300.000 doses. Cada dose custou US$1.250. Certamente será mais caro quando comprado por unidade. Nos EUA, ainda que vendido no comércio, o medicamento será administrado em hospitais. Trata-se de uma infusão intravenosa.
