Olarte demitirá comissionados para salvar finanças e rescindirá com vereadores
O Prefeito equilibrista
Microsoft. Mercedes-Benz. GM. BRF. Vulcabrás. Essas são apenas cinco das dezenas de empresas que estão enxugando significativamente seu quadro de funcionários nos últimos meses. Com respaldo de um mercado enfraquecido, estas companhias vêm encontrando nas demissões em massa uma alternativa para o crescimento.
A Prefeitura de Campo Grande, após um surto de cofres escancarados, também terá de "passar o facão", demitir um número muito elevado de cargos comissionados, pois elevadas foram as nomeações para manter a frágil aliança com os vereadores que colocaram Gilmar Olarte no cargo.
Os funcionários que trabalham com números em três Secretarias do município nunca viram tantas nomeações dos denominados – e mal vistos – cargos comissionados. Desde a posse de Alcides Bernal até agora, com Olarte, seriam mais de 2 mil nomeações. Estariam custando mais de R$ 11 milhões por mês.
O atual Prefeito talvez tenha que fazer cortes significativos para manter o equilíbrio mínimo das finanças, mas rescindirá os compromissos com os vereadores, desequilibrando a tênue aliança que os uniu.
Uma parcela desses funcionários, com cargos comissionados, são quadros concursados da própria municipalidade. Em geral, são aqueles encarregados dos mais difíceis e trabalhosos afazeres. Mas existiria uma verdadeira multidão de cabos eleitorais recebendo seus salários dos cofres públicos sob nomeação de cargos comissionados. Será verdade? O fim do mês de setembro promete esclarecer muitas dúvidas. A Prefeitura deverá abrir os números para a população.
Novo linhão energizará o Mato Grosso do Sul
Há um forte descompasso entre as obras de geração de energia elétrica no país e as obras para a instalação das linhas de transmissão, apontou um estudo apresentado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O relatório informa que 83% das obras de novas linhas de transmissão atrasaram.
Mas esse atraso não é verificado no Mato Grosso do Sul, pelo contrário, nos últimos anos, conforme anunciado pelo Governador André Puccinelli, dois linhões foram instalados pelo Governo Federal. O primeiro passa por nove municípios, da Região Norte a Leste do Estado. E o segundo passa por 14 municípios, de Norte a Sul. Ambos estão com obras acabadas e em funcionamento - energizados.
Um terceiro linhão é aguardado pelo Secretário de Planejamento e Meio Ambiente, Carlos Alberto Negreiros S. Menezes, que sairá da divisa de Goiás com o Mato Grosso do Sul até Campo Grande, e da Capital irá a Dourados, abastecendo o importante polo do agronegócio. Esta obra encontra-se em fase de licitação.
Crise na Ucrânia: Europa promete retaliar quem vender para Rússia
A União Europeia (EU) está perdendo mais de R$ 15 bilhões de exportações para a Rússia. O mercado russo era destino de 29% da produção de frutas e legumes da UE, 33% de queijo e 28% de manteiga, além de um número não especificado de carnes e produtos lácteos. Uma parcela significativa desses R$ 15 bilhões estará sendo deslocada para o Brasil após o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, ter assinado o decreto que viabiliza exportações adicionais de carne bovina e frango pelas fábricas brasileiras.
Por outro lado, o comissário europeu de Agricultura, Dacian Ciolos, prometeu retaliar. Disse o comissário que "vamos olhar atentamente o comportamento de nossos parceiros e agir em consequência".
Em bom português: estamos prestes a conquistar fatia importante do mercado russo e perder outro tanto do europeu.
O perigo não é vermelho, mas é russo
Os países que compõem a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) uniram-se para enfrentar o perigo, que já não é vermelho. Mas é russo. Na última reunião os líderes da OTAN, anunciaram a formação de uma força de resposta rápida que terá como objetivo responder às agressões da Rússia. Afinal, qual é o perigo?
Em primeiro lugar, há de se entender que, agora, empurrados pelos Estados Unidos, os membros da OTAN ameaçam incorporar a Ucrânia, um dos únicos países das ex-repúblicas soviéticas que ficaram fora da OTAN. Um claro descumprimento da palavra dada pelos norte-americanos, quando do fim da Guerra Fria, de que não ampliariam a OTAN com aquelas repúblicas que pertenciam ao bloco soviético.
Se não bastasse a falta de palavra, há de se indagar: quem foi que desestabilizou a Ucrânia, apoiando um golpe de Estado e instalando no poder um governo que teve como primeiro ato banir a língua russa das províncias do Leste do país, vizinhas à Rússia? A resposta era previsível. E o bombeamento de gás do território russo, passando pela Ucrânia, para os países da Europa Ocidental, notadamente para a Alemanha e França, dão a última pista para entender a conflagração no território ucraniano.
Quem provoca quem
O que se vê agora são casas destruídas, moradores sobrevivendo aos bombardeios sabe-se lá como, sem água, sem comida ou eletricidade. Os que podem fogem em direção à Rússia sem saber quando e se um dia poderão voltar para casa.
Percebam como o noticiário emanado dos Estados Unidos murchou quando se trata da investigação do voo da Malysian Airlines, que matou 298 pessoas quando passava pela Ucrânia. O noticiário simplesmente desapareceu. Adivinhem de onde saíram os aviões militares que metralharam com armas calibre 30 mm o avião da Malaysian?
Fica a pergunta: quem está provocando quem na Ucrânia? Mas a resposta é fácil. Seja lá quem estiver com a razão, os mortos não poderão julgar os culpados.
Bombardeios prejudicam turismo para o Oriente Médio
Os aproximadamente 450 israelitas que vivem no MS reduziram em 70% suas viagens para a Terra Santa desde que começaram a chover mísseis na região. Apesar do forte vínculo com a região, optaram pela prudente distância. Confirma-se tendência mundial. Afinal, guerra só é boa pra quem faz arma. Mês que vem, começa a alta temporada do setor turístico em Israel e, caso não minimizem as baixas na receita, os empresários israelenses pedirão indenização ao Governo pelo prejuízo de US$ 500 milhões (R$ 1,1 bilhão), o maior em sete anos. A ideia é reaver 30%.
Os aproximadamente mil muçulmanos (fonte, Censo 2010) que moram no MS, cerca de 2,5% dos que vivem no Brasil, também arrefeceram as turbinas e reduziram o movimento para a terra de Maomé. Ao contrário do que tenta passar filmes hollywoodianos, este povo gosta de trabalho, bons negócios e bem-aventurança. Segundo Renata Menezes e Faustino Teixeira, no livro Religiões em Movimento (Ed.Vozes), o crescimento da população muçulmana no MS deveu-se às migrações, crescimento interno e novas oportunidades econômicas.
Eucalipto transgênico versus mel
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio) promoveu uma audiência pública sobre o uso de eucalipto transgênico. A proposta foi apresentada por uma empresa denominada FuturaGene que pertence à Suzano Papel e Celulose. Os pesquisadores apresentaram as vantagens econômicas do eucalipto transgênico criado por eles: 20% mais produtivo que o convencional por ter maior diâmetro e altura. Com maior volume de celulose presente em cada árvore, haverá necessidade de áreas menores para produção da mesma quantidade de madeira obtida com o eucalipto tradicional e a idade para corte, hoje em torno de sete anos, cairá para cinco.
Mas o Greenpeace e a Associação de Exportadores de Mel (Abemel) posicionaram-se contrários à liberação do eucalipto transgênico. Os argumentos apresentados são importantes: passam pela falta de estudos da quantidade de água a ser usada por essa nova planta e pela capacidade de abastecer as abelhas na produção do mel. Os estudos são inconclusivos, mas mostram uma preocupação econômica no campo da
inovação tão carente no país. Caso as novas pesquisas demonstrem que não há porque se preocupar, com o consumo de água ou na produção de mel, será um grande avanço para essa importante indústria que se estabeleceu em nosso Estado.
Soja terá rentabilidade positiva na próxima safra
O sojicultor colocará algum dinheiro no bolso na safra 2014/2015. Quem garante é a principal consultoria do agronegócio, a Agroconsult. Os cálculos divulgados referem-se ao vizinho Mato Grosso e ao Paraná. Para o Mato Grosso do Sul, o dinheiro que o sojicultor embolsará não deve estar distante dos resultados previstos para os companheiros dos Estados vizinhos: a Agroconsult prevê R$ 432 por hectare para o Mato Grosso e R$ 608 para o Paraná. A expectativa da Agroconsult é que a área com soja no Brasil cresça 5%, para 31,6 milhões de hectares. Também prevê colheita acima de 95 milhões de toneladas, 8% acima da safra passada.
Queijo artesanal brasileiro vale tanto quanto o europeu
Entre os anos 70 a 90, a palavra artesanal era sinônimo de baixa qualidade. Hoje, é o que as pessoas querem. Só que esses queijos artesanais podem custar de 100% a 200% a mais que os industriais. Durante décadas, nosso país ignorou os queijos que produzia. Pouco se sabia do patrimônio de cada região. Queijo bom era sinônimo de queijo europeu. Mas o despertar da gastronomia no Brasil trouxe o queijo junto. O queijo artesanal que mais vende é o “Serra da Canastra”, da região de mesmo nome do Estado de Minas Gerais: R$ 54 o quilo em média. Mas há os bem mais caros: o “Azul de Ovelha”, de Viamão (RS), custa R$ 230 o quilo, e com o mesmo patamar de preços vem o “Ovelha da Serra Fluminense”. As queijarias começam a ser abertas e conquistar terreno em espaços luxuosos.