Primeira universidade do mundo surgiu na Itália. No Brasil, só 800 anos depois
A primeira universidade do mundo surgiu na Itália. No Brasil, 800 anos depois
A disputa até os dias de hoje é renhida. Qual foi a primeira universidade a ser construída no mundo? Bolonha, na Itália; Salamanca na Espanha ou Paris na França? Embora os registros históricos sejam imprecisos, a data comumente aceita é 1088 quando o ensino na cidade de Bolonha, no norte da Itália, se tornou livre e independente das escolas religiosas. Poucos anos depois, por volta de 1100, foi fundada a Universidade de Paris. Esses dois estabelecimentos deram a largada para o surgimento de inúmeros outros na Europa.
Ainda que fossem desvinculados da igreja católica, elas dependiam do aval do clero para funcionar e eram, portanto, clero-dependentes. A maioria dos professores era também de origem clerical.
A Universidade de Bolonha está preservada e funciona até os dias atuais, mantendo toda a sabedoria acumulada em quase mil anos de ensinamentos. Os alunos da Faculdade de Direito conservam vestes sóbrias e elegantes onde só é permitida a entrada nas salas de aula com ternos. A de Medicina mantém uma das mais importantes bibliotecas da história desse saber e as salas de aula em forma de arena com madeiras de lei e a mesa onde eram estudados os cadáveres. Essas universidades dedicavam-se ao ensino das leis, da medicina, da astronomia e da lógica.
No Brasil, a primeira instituição de ensino superior a abrir suas portas ocorreu com a criação da Escola de Cirurgia da Bahia, criada em 1808 - quase 800 anos depois da de Bolonha. Depois vieram as faculdades de Direito de São Paulo e de Olinda, em 1827.
Do pão à pizza
O pão nasceu com a agricultura há, pelo menos, 12 mil anos, quando as plantas com grãos começaram ser cultivadas. Os mais antigos eram, provavelmente, feitos com cevada, primeiro cereal plantado pelos humanos. Ele era, inicialmente, duro e seco e só passou a ser cozido após a invenção da cerâmica há cerca de 3.000 anos. Bem mais tarde, os egípcios, descobriram como torná-lo mais macio e saboroso. Perceberam que, depois de certo tempo, a massa quando umedecida, liberava gases, tornando o pão mais poroso.
Todavia, quem acrescentou o "recheio" no pão foram os fenícios, ancestrais dos libaneses. Colocavam coberturas de carne e cebola. O pão dos fenícios era parecido com o que, atualmente, denominamos "pão sírio" - redondo e chato como um antigo disco. Deles para os turcos. Estes preferiam cobertura à base de carne de carneiro e iogurte fresco.
Durante as Cruzadas, no século XI, o pão turco foi levado para Nápoles, na Itália. Os napolitanos tomaram gosto pelo novo prato e foram aperfeiçoando-o com trigo de boa qualidade para fazer a massa e coberturas variadas, especialmente queijo. Nascia a pizza. Faltava só o tomate, o "pomodoro" (pomo de ouro, maçã de ouro). Introduzido na Itália no século XVI, saiu da América. O tomate foi incorporado como ingrediente tão básico como o queijo às pizzas. Mas, as pizzarias ainda demorariam a surgir. A mais antiga pizzaria que se conhece está em Nápoles e foi fundada em 1830.
As origens dos sobrenomes
Os sobrenomes foram criados para diferenciar os nomes repetidos - fato comum desde a Antiguidade. Os primeiros sobrenomes faziam referência ao pai, por exemplo: Simão Filho de Jonas. Esse costume está até hoje muito difundido nos povos de língua inglesa. Stevenson nada mais é que "o filho de Steven" (son significa filho em inglês). Mas esse método era muito limitado e os sobrenomes começaram a identificar o local de nascimento - Heron de Alexandria - por exemplo. Os padres e os nobres passaram a adotar os sobrenomes por volta de 1161, enquanto as pessoas das classes baixas continuavam a receber apenas o nome.
O costume se ampliou com a inclusão de características físicas e geográficas ou profissionais. Assim, o sobrenome Rocha, significa que o patriarca dessa família vivia em uma região rochosa. Silveira vem do latim silvester (de floresta), que também deu origem ao popular Silva. O registro sistemático dos nomes de família, independentemente de classe social, começou no século XVI, por decreto da igreja católica, decisão tomada durante o Concílio de Trento.
"No Brasil, é errado ser velha; você não pode assumir sua idade". Ou deve assumir?
A próxima tendência da moda, segundo Consuelo Blocker, são as saias rodadas (que engordam), as camisas ao estilo marinheiro e os obrigatórios sapatos de pano que vieram para ficar e conquistar espaços. Mas a moda tem seu mundo. O importante é a personalidade da "bela da Toscana" que vem desbravando a senda dos 50 anos. Ela é o protótipo da força das mulheres com um pouco mais de experiência - é brasileira, vive na Toscana (Itália), tem felinos olhos verdes e a pele cravejada de belas sardas. Ela é filha de um dos maiores ícones da moda e elegância - Constanza Pascolato.
Sua autenticidade, típica de mulheres que vivem nos países às margens do Mediterrâneo, possibilitou a publicação de uma foto sua de lingerie. Virou ícone das mulheres mais experientes. A foto não era nada mais que propaganda de uma afamada marca de lingerie. "Muitas leitoras (de seu blog) se identificaram e contaram que foi a primeira vez que viam como uma mulher mais velha pode ser sexy. Entendi que, no Brasil, é errado ser velha: você não pode assumir sua idade". Uma constatação típica de quem vive distante de nosso país há 20 anos. Por aqui, as belas com mais de 50 anos ocupam, a cada dia, mais espaços.