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Em Pauta

Sobre o vírus de Wuhan que pôs o mundo em alerta

Mário Sérgio Lorenzetto | 24/01/2020 08:24
Sobre o vírus de Wuhan que pôs o mundo em alerta

As autoridades chinesas notificaram a Organização Mundial de Saúde - OMS - no último dia do ano passado sobre a existência de 27 casos de pneumonia de origem desconhecida, 7 deles graves. Os afetados estavam aparentemente vinculados a um grande mercado da cidade de Wuhan, ainda que pouco conhecida no Ocidente, essa megalópole tem mais de 11 milhões de habitantes. É uma São Paulo. O início dos sintomas ocorreu em 8 de dezembro. A causa da doença foi identificada em 7 de janeiro como sendo um novo coronavírus. Nesta semana, a China comunicou que esse vírus pode ser transmitido de pessoa a pessoa.

Quais os sintomas dessa nova doença?

O vírus infecta as vias respiratórias e causa sintomas que vão desde um quadro leve (tosse seca, febre...) a graves dificuldades para respirar e pode chegar a uma pneumonia potencialmente mortal.

Como ocorre o contágio?

A forma mais provável é através de pequenas gotas de saliva que o portador do vírus excreta ao tossir. Todavia, os contágios parecem ser limitados. Até agora só ocorreram entre familiares e pessoal da área de saúde que tratou dessa doença.

Há casos assintomáticos?

Ainda não se conhece nenhum caso de pessoa que tenha a doença e não apresente sintoma algum. Mas, as autoridades sanitárias consideram que venham a existir tais casos, pois assim foi com outros vírus importantes.

Existe tratamento?

Ainda não existe tratamento nem vacina. A assistência médica está centrada nos sintomas e no suporte vital ao enfermo.

Como é feito o diagnóstico?

A China compartilhou com a OMS a sequência genética do vírus em 12 de janeiro. Esse fato é importante pois possibilita a todos os países terem acesso a esse teste genético. Basta querer. Não há notícia de que o Ministério da Saúde do Brasil tenha se interessado pelo teste.

Afetou quantas pessoas?

Os afetados são mais de 640, dos quais 18 morreram. O falecido mais jovem é uma mulher de 48 anos e os mais velhos são dois homens de 89 anos. Não se conhecem os mecanismos, mas tudo indica que inicialmente afeta mais homens e adultos (com mais de 45 anos) ou idosos.

A rápida expansão.

O motivo do mundo estar em alerta por causa do vírus de Wuhan é sua rápida expansão. Já atingiu 14 regiões chinesas, Japão, Tailândia, Vietnã, Coreia do Sul, Cingapura e Estados Unidos. Todos contraíram a enfermidade na China.

O que é um coronavírus?

É uma extensa família de vírus que afeta o ser humano e várias espécies animais. Um coronavírus muito conhecido é o que causa o resfriado. Há outros que vivem em animais. Um deles, "saltou" dos morcegos para o homem, outro "saltou" dos camelos para humanos. Os primeiros indícios do vírus de Wuhan, dão a entender que tenha "saltado" de serpentes que são comercializadas ilegalmente no grande mercado daquela cidade.

Qual a letalidade do novo vírus de Wuhan?

Os especialistas apontam que a letalidade do vírus de Wuhan é baixa, situa-se, inicialmente, em algo próximo a 3% dos casos.

Esse vírus poderia mutar e tornar-se mais virulento?

Ainda que todos os vírus são susceptíveis de sofrer mutações - são as mutações que possibilitam eles saltarem para os humanos - desde que foi localizado pelos chineses têm se mantido bastante estável.

Quais medidas foram adotadas?

Confinaram mais de 20 milhões de chineses em Wuhan e cidades menores vizinhas. Ninguém entra e ninguém sai dessas cidades. Nelas, se generalizou o uso de máscaras. Estados Unidos, Rússia e Inglaterra estabeleceram medidas de controle para detectar possíveis viajantes com esse vírus. Já não há voos na região de Wuhan.

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