Vacina: fabricantes firmaram contrato de mais de 10 bi doses
Principais contratos das vacinas (em milhões de doses).
As vacinas para imunizar as populações contra o coronavírus abriram um gigantesco negócio até agora desconhecido para os fabricantes. Só a Pfizer recebeu até a semana passada algo como 12 bilhões de euros. As principais companhias estabeleceram contratos - quase todos sem transparência - para a entrega de mais de 10 bilhões de doses. São números colossais. A Bloomberg conseguiu alguns dados desses contratos.
Só 7 países estão recebendo doses suficientes.
Só há 7 países onde não falta vacina para imunizar suas populações. Quatro são grandes fabricantes: EUA, Grã Bretanha, Índia e China. Outros três são extremamente organizados e bons planejadores: Israel, Emirados Árabes e Barein. Falta vacina em 186 países, inclusive no Brasil. No ritmo atual, esperam que só terminemos de vacinar a população acima de 18 anos em meados de 2022. Uma catástrofe, oriunda da eterna bagunça.
AstraZeneca tem maiores contratos.
AstraZeneca é a empresa com maiores compromissos de entrega, algo como 3,6 bilhões de doses. Contratou, mas não entregou em lugar algum. Em torno de 1,1 bilhão será produzido por seu sócio hindú o Instituto Serum. O compromisso da AstraZeneca e Serum é fabricar 3 bilhões de doses neste ano. Ninguém acredita nessa assinatura. Se há o ditado "prá inglês ver", deveriam criar o "prá brasileiro ver".
A vacina da Johson & Johnson tem contratos de 1 bilhão de doses.
Uma das vacinas pretendidas pelo governo brasileiro é a Janssen, do renomado laboratório Johson & Johnson. "Pretendidas" é o termo correto. Como já vendeu um bilhão de doses - e ainda não entregou uma só dose - dificilmente poderá atender o Brasil brevemente.
A Sputnik tem contratos de 600 milhões de doses.
As alianças construídas pela Rússia tem exercido papel relevante com sua Sputnik V. São mais de 600 milhões de doses já vendidas. Os atrasos na entrega das doses estão exasperando a todos, especialmente a "los hermanos argentinos". É difícil crer que venham a liberar as 10 milhões de doses que são notícias em curto espaço temporal. O mais provável é acreditar na pequena capacidade da indústria associada aos russos, instalada em Brasília. Como se pode observar na tabela, venderam muito, prometeram ainda mais.... e não entregaram.