Como organizar contas para o nascimento do primeiro filho?
A chegada do primeiro filho é repleta de muita alegria, expectativas, euforia e ansiedade, tanto para os pais como para toda família. Além da felicidade vivida pelo casal, essa é uma hora também de preocupação com os novos gastos que passarão a acompanhar o crescimento da família. O casal precisa se organizar e planejar as despesas a partir da gravidez e da chegada do bebê para evitar surpresas com gastos que comprometam a saúde financeira da família. Com um pouco de planejamento e atenção é possível ultrapassar esse período conturbado sem que o sonho de ter um filho se torne um grande problema financeiro.Acompanhe algumas dicas que preparamos:
1. Descreva todas as suas receitas e despesas: faça um diagnóstico da situação financeira atual da família e faça uma simulação com os novos números (gastos com bebê pré e pós nascimento). Conversar com alguns amigos que já passaram por esse momento pode ajudar o casal a ter uma ideia dos gastos que estão por vir.
2. Detalhe as despesas pré-nascimento: montagem do quarto, pagamento do parto (em caso de hospital particular), primeiras roupinhas, acessórios de higiene/banho e por aí vai. Negocie junto às lojas para conseguir descontos e não seja compulsivo(a)! Compre apenas o que o bolso permite! Lembre-se que as crianças crescem rapidamente e muitos itens comprados em excesso acabam se perdendo;
3. Organize chá de fraldas e peça somente fraldas: esse item é um dos que mais irá pesar no orçamento familiar. Acompanhe um simples cálculo: um bebê usa, em média, 4.500 fraldas nos primeiros dois anos de vida. Cada fralda custa por volta de R$ 1,00. Portanto, ao longo de 2 anos, serão gastos aproximadamente de R$ 4.500,00 só com fraldas. O chá de fraldas pode aliviar muito o gasto com esse item. No convite para cada convidado, especifique tamanhos variados para você ter um estoque preparado para diferentes fases. Perceba que o valor usado neste exemplo é apenas uma média, dependendo do bolso e disposição dos pais, os valores podem variar (existem fraldas mais baratas e outras mais caras);
4. Estabeleça um orçamento para gastos mensais com o bebê: é importante calcular os gastos que farão parte do dia a dia do após o nascimento do bebê. Despesas com médico ou plano de saúde, vacinas, fraldas, farmácia, alimentação, roupas, babá ou creche e etc. Analise se essas despesas cabem no orçamento familiar sem nenhum aperto ou se serão necessárias mudanças de hábitos de consumo do casal e redução nos gastos da casa;
5. Coloque na ponta do lápis os gastos com o chá de bebê: esse é um item que pode gerar algum atrito entre o casal. Dependendo do tamanho da festa, os gastos vão superar e muito o que se gastaria comprando os itens do enxoval. Os futuros pais precisam criar alternativas para baratear a festa e seguir o limite de gastos da família;
6. Invista no plano de saúde: caso a família ainda não tenha plano de saúde, é importante reconsiderar esse ponto com a chegada do bebê, afinal os gastos com visitas ao médico para acompanhamento mensal e vacinas são expressivos nos primeiros anos de vida;
7. Considere não fazer festa de um ano: a festa de primeiro aniversário é um evento muito mais para a família, afinal a criança ainda é muito pequena, muitas vezes nem anda direito e não vai curtir esse momento. Além disso, o casal pode ainda estar se recuperando do primeiro de ano de gastos com o filho. Se for o caso, faça algo mais reservado e menos custoso;
8. Guarde dinheiro para o futuro da criança: não é crime pensar no futuro do seu filho e começar desde cedo a preparar as finanças para garantir um amanhã mais tranquilo. Atualmente, existem diversos produtos financeiros que podem ajudar os pais a chegar lá. Ainda assim, vale um lembrete importante: além de cuidar do futuro dos filhos, é fundamental também preparar sua própria caminhada, afinal pais que dependam exclusivamente das finanças dos filhos quando chegam na velhice acabam comprometendo o futuro de todos.
Conclusão - A chegada do primeiro filho é uma situação especial. A vontade de oferecer tudo de melhor é grande e o emocional pode acabar facilitando os gastos sem planejamento e, consequentemente, problemas financeiros bem complicados.Seja firme em seus propósitos, aceitando que manter o controle financeiro e gastar de forma consciente são (e sempre serão) o melhor exemplo que você deixará para o seu filho em termos de educação financeira.Descubra (e pratique) que falar de dinheiro em casa, mantendo um diálogo franco desde sempre, fará toda a diferença rumo a uma vida equilibrada e com foco nas realizações. Educação financeira desde o berço, você pode (deve) praticá-la. Até a próxima!
Fonte: Ricardo Pereira/dinheirama.com.br
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen é criador do portal www.mayel.com.br