Regras eleitorais ameaçam eleitos no MS
NEPOTISMO: Tema que motivou embates desde a criação do Estado. Sempre acharam um jeitinho de praticá-lo – descaradamente ou com manobras sutis denunciadas na mídia. Agora, finalmente com o projeto liderado pelo deputado Paulo Corrêa (PSDB) foi possível vetá-lo com alteração no parágrafo 7º do artigo 27 da Constituição Estadual. Espera-se que a boa intenção do deputado autor encontre eco em todos os poderes. A sociedade deve vigiar e denunciar.
ATENTION PLEASE!: Ações que investigam candidatos laranjas nas últimas eleições podem levar à cassação de nada menos que 11 deputados do PL e um do PRTB no país. O motivo comum (fraude) é que não teria sido cumprido o dispositivo sobre a proporcionalidade de gêneros (masculino-feminino) das candidaturas em prejuízo as do sexo feminino.
LEMBRANDO: Nas eleições de 2018, muitas candidaturas de mulheres foram inscritas e posteriormente ocorreram desistências por motivos diversos. A proporcionalidade foi quebrada com a não substituição das candidatas femininas desistentes ou com a diminuição do número de candidatos do gênero masculino para restabelecer a proporcionalidade.
O GOLPE: Pensando exatamente em evitar a repetição da fraude de 2018, o Tribunal Superior Eleitoral aperfeiçoou a norma também como uma ação intimidatória e cuidou de alertar os dirigentes partidários. Mas ao que consta o pessoal repetiu a fórmula de preencher a cota das mulheres candidatas artificialmente, usadas como laranjas apenas.
E AGORA?: Segundo se sabe, as consequências serão danosas para os partidos que fraudaram a legislação. Automaticamente todos os votos recebidos pelos candidatos que foram beneficiados serão anulados, implicando também na perda de seus mandatos e na alteração para menor do total dos votos recebidos pelos partidos e coligações. Mato Grosso do Sul na rota dos casos. Aguardem.
ZUM ZUM: Circulando nos corredores da Assembleia Legislativa a notícia que haveria possibilidade do artigo 5º da Resolução 23.610 do TSE – de 20 de outubro (proibindo ao impulsionamento de propaganda paga 48 horas antes da eleição) atingir postulante de nosso Estado que se deu bem nestas eleições, garantindo vaga para a Câmara Federal. Vamos aguardar eventuais desdobramentos jurídicos e políticos. O 1º Suplente de olho!
BOLA CHEIA: O deputado Barbosinha pode aferir o seu prestígio junto aos colegas de parlamento na última quinta feira. Preparado, ético e sem soberba na conduta, o futuro vice-governador foi reverenciado pelos deputados, independentemente de partido, que enalteceram suas qualidades. Episódios deste naipe orgulham a Casa Legislativa.
DEMÉTRIO MAGNOLI: Programas de transferência de renda aliviam temporariamente a pobreza – e ocultam suas raízes profundas... Lula escolheu R$600 para empatar com Bolsonaro e o suplemento de R$150 por filho pequeno para derrotá-lo. O número escrito no cheque deriva de imperativos de concorrência política, não de um cálculo de eficiência de recursos públicos...”.
VERDADE OU...?: Vale recordar aquela pesquisa da Quaest, que 53% dos eleitores lulistas ficariam infelizes ou muito infelizes se seus filhos ou filhas se casassem com um bolsonarista. E mais: só 38% dos eleitores de Bolsonaro ficariam tristes se seus filhos ou filhas se casassem com um lulista. Daí o pessoal da esquerda seria mais intolerante em relação à de direita.
NO RETROVISOR: Esse radicalismo lembra a rivalidade entre os ‘Udenistas’ e os ‘Pessedistas’ que ia além da política. Em várias cidades mineiras havia até dois clubes, nos eventos sociais era notória a divisão. O casamento envolvendo famílias rivais era raro. Nos velórios – só lágrimas de companheiros políticos. Comerciantes do mesmo partido tinham a preferência.
BEM ASSIM...: Aquidauana (130 anos) e Paranaíba (165 anos) – por exemplo - tiveram essa identidade de valores sociais pelo ambiente que respiravam. As referências literárias mostram que atrás da cortina da falsa calma havia o clima velado de guerra. O conceito de amizade passava pela identidade partidária. Companheiro era amigo! Adversário, adversário! Compadre adversário? Jamais!
MUDANÇAS?: O clima nas pequenas cidades amainou. A internet oxigenou a cabeça em relação ao cenário local, mas funcionou incrivelmente como rastilho quanto a política nacional. A radicalização pelos partidários de Bolsonaro é notória. A pergunta que se faz: ela tende a perder ou ganhar força? Por enquanto sobrevive nas redes sociais.
DESAFIOS: Até onde, até quando Bolsonaro se manterá como líder tendo influência sobre o quadro político representando a oposição ao futuro Governo? Quantos companheiros (de quais partidos?) que compõem sua base de governo irão manter a fidelidade? No jogo do poder é preciso ter algo para oferecer e Bolsonaro estará de caneta sem tinta.
FATORES: As falas do ministro Alexandre de Moraes (TSE) e do presidente eleito Lula foram diretas e claras: Bolsonaro – já fragilizado - não terá vida fácil ao deixar o poder. Com a habilidade que faltou ao atual presidente, Lula costura apoios no Congresso em nome da governabilidade. O velho jogo, sem acrescentar e sem tirar. Alguma dúvida?
CORAGEM: É abundante em Hélio Pelluffo, animal político movido a desafios. Arquiteto calejado deixando a prefeitura de Ponta Porã (+de 90% de aprovação) para assumir a secretaria de Infraestrutura. Hoje 75 obras estão em andamento na sua cidade e com R$ 400 milhões garantidos para a conclusão delas. Reúne todos os predicados ao cargo.
LIMITES: Em todas atividades, públicas e privadas, é preciso respeitar as leis e à ética. Aliás, neste item, o Brasil apresenta uma uniformidade incrível. Aqui, não é exceção vindo à tona o caso do Tribunal de Contas. Perplexa, a opinião pública acompanha os capítulos do episódio cavernoso. Como diz o velho ditado: ‘País sério é outra coisa'.
FACADAS: O ordem é fazer caixa para viabilizar o futuro governo. Uma das propostas é aumentar o Imposto de Transmissão Causa Mortis para 16%. A outra - taxar as grandes fortunas (papo de campanha) de patrimônio superior a R$ 10 milhões. Essa última afugentaria os grandes investidores rumo aos países onde esse tributo inexiste.
COPA: No Catar ‘catamos coquinhos’. Os jogadores argentinos mudam de seu país, mas a Argentina não saiu deles. Mantêm o vínculo chamado patriotismo. Sentimos inveja deles. Quanto aos nossos atletas, são carentes de comprometimento e não têm noção do quanto o desempenho deles importa para nossa autoestima. A postura do Neymar no dias seguintes a derrota prova isso.
ESTRATÉGIAS: Escolher os nomes de quem irá auxiliá-lo por 4 anos não é tarefa fácil. Entram na composição vários elementos ou aspectos nem sempre percebidos pela opinião pública e que acabam sendo relevantes. Portanto, age com o cuidado necessário o governador eleito Eduardo Riedel neste primeiro ato gerencial. Evita desgastes desnecessários.
PILULAS DIGITAIS:
"Ser nomeado conselheiro do Tribunal de Contas é como ir pro céu sem precisar morrer". (na internet).
“Corruptos contumazes não devem enaltecer a democracia. Eles são uma das causas que a corroem”. (Jornalista Dante Filho).
“Quem anda no trilho é trem de ferro. Sou água que corre entre pedras – liberdade caça jeito". (Manoel de Barros).
“O material escolar mais barato que existe na praça é o professor". (Jô Soares).