Melanoma uveal: sintomas e tratamento
Já adianto que o papo de hoje será informativo em um grau extremamente esclarecedor e útil.
Há poucos meses falamos sobre uma doença terrível e ultrarrara: melanoma uveal (o câncer da pelezinha da retina).
E sabe o que é mais legal?! Por meio do artigo aqui publicado, uma família pôde ter acesso ao medicamento que promete sobrevida global e estagnação desse câncer tão terrível.
O nome dessa belezinha de medicamento é KYMTRAK (nome comercial), cuja substância é o Tabentafusp.
Mas afinal, o que é esse tal melanoma?
O melanoma uveal é um tipo raro de câncer que ocorre nas células que produzem pigmento (melanócitos) no olho, especificamente na úvea, que inclui a íris, o corpo ciliar e a coroide. Quando se fala em melanoma uveal irressecável ou metastático, isso indica uma condição avançada da doença:
Irressecável: Significa que o tumor não pode ser removido cirurgicamente. Isso pode ocorrer devido ao tamanho, localização ou extensão do tumor dentro do olho ou para fora dele, tornando a cirurgia uma opção inviável ou ineficaz.
Metastático: Refere-se ao câncer que se espalhou além do local original (úvea) para outras partes do corpo, como fígado, pulmões ou ossos. No caso do melanoma uveal, a disseminação para o fígado é particularmente comum.
Mas Anaísa, quais são os sintomas desse tipo de melanoma?
Vamos lá, fiquem atentos aos sintomas iniciais mais comuns: visão embaçada ou perda de visão; manchas escuras na íris; flashes de luz ou flutuadores visuais; mudanças na forma da pupila; vermelhidão ou inflamação no olho: Em alguns casos, o olho pode parecer inflamado ou avermelhado.
O prognóstico para o melanoma uveal metastático é geralmente muito ruim, acaso o paciente não seja submetido ao tratamento correto e precocemente. Estima-se uma expectativa de vida de aproximadamente um ano após o diagnóstico, nessas condições.
Porém, olha que coisa mais linda: agora temos um tratamento: KIMMTRAK e é sobre ele que falaremos. KIMMTRAK é uma terapia baseada em receptores de células T. Ele funciona redirecionando as células T do paciente para atacar as células tumorais que expressam gp100, uma proteína frequentemente encontrada em melanomas uveais. O medicamento liga-se tanto ao gp100 nas células tumorais quanto ao complexo HLA-A*02:01, facilitando a ativação das células T e promovendo a destruição das células cancerígenas.
KIMMTRAK (tebentafusp-tebn) é um medicamento aprovado pela FDA para o tratamento de melanoma uveal irressecável ou metastático (mUM) em pacientes adultos positivos para HLA-A*02:01. Este é o primeiro e único tratamento aprovado pela FDA especificamente para este tipo de melanoma. A aprovação se baseou em um estudo de fase 3 que mostrou um benefício significativo de sobrevida global para os pacientes tratados com KIMMTRAK em comparação com aqueles que receberam tratamentos padrão como pembrolizumabe, ipilimumabe ou dacarbazina (AIM at Melanoma Foundation) (Triple-S Advantage).
Informação salva vidas, minha gente! Dissemine. Que nunca subestimemos o poder da informação e a fé daquele que necessita de um tratamento.
Deus abençoe e até a próxima.
(*) Líder e idealizadora da Comunidade “Tudo para Raros”, Anaísa Maria Gimenes Banhara dos Santos, 34 anos, é advogada e proprietária do escritório Banhara Advocacia em Campo Grande, MS, especializado em demandas de saúde contra planos de saúde e o SUS. Com inscrição na OAB/MS e suplementares na OAB/DF e OAB/SP, é especialista em acesso à saúde e pioneira em tutelas de urgência para medicamentos de alto custo como Voxzogo e Zolgensma. Atua também na concessão de tratamentos oncológicos avançados e é ativista na causa. Líder e idealizadora da Comunidade “Tudo para Raros” Membro de diversas comissões da OAB e ABA, é palestrante, colunista, professora universitária e foi assessora jurídica no Ministério Público Estadual por mais de dez anos. Graduada em Direito pela UCDB, possui MBA em Direito da Saúde e Compliance Hospitalar. Fluente em português, inglês e espanhol, domina o pacote Office e Internet.