A culpa é da árvore: galho invadindo a avenida gerou prejuízo de R$ 40 mil
Após polêmica da carreta quebrada em frente a asilo, fretadores acusam a verdadeira ‘vilã’ dos caminhões-baús
Acredite se quiser, mas um único galho é capaz de fazer um estrago de R$ 40 mil. A história tem se repetido com frequência na Avenida José Nogueira Vieira, em frente ao Asilo São João Bosco, no Bairro Tiradentes.
Motoristas de caminhões-baús e, mais recentemente, de uma carreta, estão sendo ‘vítimas da natureza’. Uma única árvore que não foi cortada durante o projeto de reforma da casa de repouso tem causado a destruição das carrocerias.
A constatação é de um proprietário de caminhão-baú, que tem ponto de frete em frente ao local, Alfredo Gimenez Viega, 55 anos. “A culpa é da árvore. A má manutenção da Prefeitura tem gerado muitos acidentes com o tronco invadindo a pista. A árvore está pendendo pra rua e tem a tendência de cair. Já já ela quebra e mata alguém”, alerta.
Ele ressalta que já viu 20 motoristas batendo no galho. “Um amigo meu bateu e ficou R$ 40 mil o conserto. Essa carreta aí, vai ficar no mínimo R$ 30 mil o motorista falou. Vários outros batem e vão embora, só escutamos o estrondo”, destaca.
De acordo com o fretador, um semáforo que foi instalado no local, ampliando uma terceira pista na via, fez com que a avenida ficasse mais estreita. “Jogaram a faixa no sentido centro-bairro para o canto e não tem como não bater na árvore. Se você invadir a pista contrária, pega um carro. É questão de 30 centímetros. O ônibus mesmo passa ‘lambendo’ para não acertar ali”.
Alfredo calcula que o galho tenha cerca de 3 metros de altura. No local já há sinais de que a árvore foi atingida diversas vezes. Inclusive, um dos caminhões-baús ficou totalmente destruído, deixando parte da carroceria presa à planta.
Conforme apurado pela reportagem, o asilo já solicitou o corte da árvore no local. Inicialmente ela não atrapalhava o projeto de reforma, por isso foi a única que ficou. Mas com o passar dos meses, o projeto foi alterado e a solicitação para retirada da planta foi feita para o município. No entanto, até o momento não houve resposta da Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana).
A pasta também foi procurada, e de acordo com o setor de arborização, haverá uma nova análise no processo de solicitação de corte feito pelo asilo.
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