Até árvores são usadas para facilitar furtos de fios no Centro
Comerciantes dizem que nunca houve manutenção das espécies plantadas durante o Reviva
Os transtornos causados pelos furtos de fios de energia todos já sabem, mas, agora, os comerciantes da região central de Campo Grande não sabem a quem recorrer para manutenção das árvores plantadas pelo Reviva. Elas estão sendo usadas de “trampolim” pelos criminosos, que chegam a se esconder da polícia nas folhagens.
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Árvores plantadas durante o projeto Reviva no centro de Campo Grande estão sendo utilizadas por criminosos para facilitar furtos de fios. Um vídeo registrado na última segunda-feira (3) mostra um homem usando uma árvore como "trampolim" para acessar a marquise de uma loja, onde permaneceu por 50 minutos furtando fios de ar condicionado, chegando a se esconder da polícia na copa da árvore. A comerciante Sueli Rosa Padovani, proprietária de uma loja de roupas no local há 20 anos, relata prejuízos recorrentes, com gastos de R$ 400 por visita técnica para reparos. Ela tentou solicitar a poda das árvores à Prefeitura, mas foi informada que a responsabilidade seria dela. O projeto Reviva incluiu o plantio de 180 árvores de médio e grande porte na Rua 14 de Julho, mas, segundo comerciantes, não há manutenção adequada desde a reforma. A Prefeitura foi procurada mas não se manifestou sobre o caso.
No registro enviado pelo Direto das Ruas, feito durante a madrugada da última segunda-feira (3), é possível ver que um rapaz escala a árvore com facilidade e fica cerca de 50 minutos na marquise da loja, localizada no cruzamento das ruas 14 de Julho com Dom Aquino. Nesse tempo, até uma viatura da Polícia Militar passa, mas ele estava escondido na copa, descendo com os fios do ar condicionado.
Segundo a proprietária da loja de roupas, Sueli Rosa Padovani, de 60 anos, não é a primeira vez que isso acontece e cada visita técnica para consertar os danos custa R$ 400. Ela é empresária do ramo vestuário há 20 anos naquela região.
“Eu cheguei a abrir um chamado na prefeitura para que fizessem a poda da árvore e impedisse a chegada dos galhos na marquise da loja, mas fui informada que a responsabilidade era minha. Desde a reforma, nunca fizeram manutenção das espécies plantadas no Centro e a manutenção está cara, porque o acesso à copa é dificultado pela altura. Só ajuda os criminosos mesmo”, desabafa a comerciante.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande sobre a situação apresentada, mas até a publicação da matéria não houve retorno. O espaço para esclarecimentos está aberto.
Durante as obras do Reviva, o plano foi arborizar com 180 unidades durante o prolongamento da Rua 14 de julho, das espécies ipês amarelo, roxo e branco, árvore da China, aldrago, pau-mulato, erva-mate, pau-ferro, jacarandá-mimoso, lofantera da Amazônia, fruta-de-tucano e grandiúva. Todas são de grande e médio porte.
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