De janeiro a janeiro, bagunça em praça do Serra Azul tira sossego de moradores
Ex-moradora se preocupa com avó que ainda vive no bairro e pede mais policiamento
O que poderia ser espaço para lazer saudável e com responsabilidade tem tirado, há meses, o sossego dos moradores. Quem mora na região dos bairros Serra Azul/São Jorge da Lagoa sabe que vai encontrar muvuca na praça do local todos os fins de semana e ainda, vai correr risco de ser atropelado ou se vítima de tiro perdido.
O campinho ou praça localizado no quadrilátero das ruas Alvilândia, Rio Dourado, Serra do Mar e Rio Brilhante fica próximo a uma conveniência e é tomado por jovens que encontram no local espaço adequado para beber e ainda realizar manobras perigosas com carros e motocicletas.
Não é a primeira vez que o Campo Grande News denuncia a situação e desta vez, a reclamação vem de ex-moradora preocupada com a avó, que mora a suas quadras do local e precisa “pedir licença” aos que fazem a algazarra para poder ir e voltar da igreja. Para a neta, que tem 24 anos, o local se tornou “uma muvuca de noiados”.
Nascida e criada no bairro, ele prefere não se identificar, e revela que apesar de ter se mudado do bairro, a avó ainda está lá, o que a preocupa. “É pessoal fazendo barulho com moto no meio da rua, som alto, motos pra lá e pra cá. Sempre tem tiros! Aí me pergunto: e se chega a pegar um tiro em uma criança? Ou até mesmo em alguém que está passando por ali que não tem nada a ver?”, lamenta.
E o pior é que isso já aconteceu. Em novembro do ano passado, uma criança foi atingida nas nádegas por bala perdida por lá. Na ocasião, ela teria sido ferida por engano enquanto quem fez os disparos tentava atingir um desafeto.
A jovem conta que o espaço já foi bom de se conviver, dizendo que “era tão bom ir lá, sentar com a família, amigos, tomar uma cervejinha, um tereré. Mas hoje em dia não dá pra ir não, porque é perigoso nem voltar pra casa por causa de gente sem noção”.
A reclamação da moça continua e em vídeo enviado à reportagem, ela mostra a aglomeração de pessoas bebendo, além do trânsito complicado ocasionado pela movimentação.
“Minha vó e tias vão pra igreja, que é ali perto. Tem vezes que é preciso subir na calçada e esperar os “belezas” passarem de moto, um atrás do outro fazendo as gracinhas deles, pra então continuar andando”, conta, ressaltando que “e se passando ali um deles perde o controle e atropela alguém na rua?”, questiona.
Para ela, falta mais policiamento no local, já que alguma segurança só aparece no horário do toque de recolher, mas a muvuca começa bem antes.