Depois de se acorrentar pela 2ª vez em construção, homem é preso pela Guarda
Renato se acorrentou pelo pescoço a uma construção em área pública no São Conrado para evitar demolição
Renato Cavali Callegari foi preso pela GCM (Guarda Civil Metropolitana) após se acorrentar, pela segunda vez, a uma construção na Avenida General Alberto Carlos Mendonça Lima, Bairro São Conrado. A ideia dele era impedir a demolição de uma obra levantada na calçada para vender espetinhos.
De acordo com a sogra de Renato, a dona de casa, Ireni Alves de Souza, 50 anos, por volta das 7h30 desta quinta-feira (20) as equipes da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) chegaram ao local acompanhados da equipe da Guarda.
“Eles vieram já para derrubar. A casinha sempre existiu ali porque era uma garaparia, ai o moço cedeu para ele, só que quando ele começou a colocar tijolo denunciaram ele e tem uns 30 dias que avisaram sobre vir derrubar, por isso ele se acorrentou na casa quando chegaram”, disse a mulher.
Segundo ela, o genro e a filha preparavam o local para montar um ponto para venda de espetinho e açaí para sustentar a casa.
“Desde 2011 tinha a casinha nesse lugar. Eles só queriam levantar um lugar para vender espetinho e açaí e sustentar os filhos, mas acabou sendo preso porque se acorrentou na casa. Mas não apresentaram nenhum documento para derrubar, só avisaram um dia e voltaram hoje”, explicou a Ireni.
As imagens da prisão e da demolição chegaram ao Campo Grande News pelo Direto das Ruas, junto de um vídeo que mostra Renato acorrentado pelo pescoço e fazendo um apelo para que um vereador o qual não cita o nome para dar atenção.
“Eu tô acorrentado pelo pescoço e não vou deixar acontecer. Pelo amor de Deus dá uma força para mim”, diz em parte da filmagem que tem 25 segundo.
Em abril, conforme apurou a reportagem, Renato já havia se acorrentado na casa e conseguiu evitar a demolição, no entanto hoje a atitude não teve sucesso e ele acabou sendo levado pela equipe da Guarda e a casa demolida.
Questionada, a Semadur disse que a área se trata de um calçamento público “onde foi constatada a invasão por parte de particular”, por isso a pasta abriu um procedimento administrativo para que Renato fosse notificado com prazo para saída do local.
Como não houve a saída mesmo com a notificação, “foram tomadas as providências cabíveis ao caso para a resolutividade do mesmo”, finaliza a nota.
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