“É constrangedor”, diz manicure sobre rua coberta de lama que atrapalha clientes

“Ter que passar por isso é muito constrangedor”, desabafa a manicure Danatielle Martins de Oliveira, de 31 anos, a respeito do atoleiro da Rua Albertina Pimentel, no Bairro Nova Lima, na Capital. A moradora acabou com o carro atolado pela segunda vez na frente da residência.

A manicure chegou do trabalho na noite de sexta-feira (24) e acabou com o veículo preso na lama. Segundo relato, a cena não é um caso isolado, motoristas e entregadores evitam transitar pelo local. “Teve que vir um pessoal lá do bar ajudar a tirar. A gente não pode pedir um negócio na farmácia, nem um lanche porque não passa nada, o uber fala que não entra, eles recusam e vão embora”, expõe.

Moradora do Nova Lima há dez anos, a manicure costumava atender em casa, mas precisou alugar um espaço para continuar trabalhando, pois se tornou inviável receber as clientes. “As clientes não chegavam, ou quando chegavam tinha que ficar desviando elas do buraco. Como que sai de casa daquele jeito? Para mim é constrangedor eu receber uma cliente dentro da minha casa”.

Danatielle contabiliza os gastos gerados pelo atoleiro, que além de dificultar a mobilidade do local, também gera prejuízos aos moradores."Já perdi dois pneus na rua, e mais outra renda para eu poder alugar um espaço para poder atender minhas clientes”.

Problema antigo - Em dezembro de 2022, Danatielle deu entrevista ao Campo Grande News, onde expôs um buraco em frente à própria casa, resultado de obras de drenagem e asfalto. Na ocasião, a moradora relatou que a “cratera” consumiu a calçada e a fossa, e ficou com o carro preso no local.

De acordo com a Prefeitura de Campo Grande, no local, estão em andamento obras de drenagem que integram o projeto de pavimentação das etapas C e D do Nova Lima.

Danatielle informou que, ainda na tarde de ontem, equipes de obra estiveram no local, mas acabaram piorando a situação. “Mexeram na rua mais uma vez e só pioraram ela novamente. Todo mundo sabe que vai melhorar, mas e enquanto isso? A gente fica a mercê de quem? Porque não tem a quem recorrer”, reclama a moradora.

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