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Direto das Ruas

Erro compromete segunda dose de adolescente vacinada com Coronavac

Cartão de vacinação indica imunização com Coronavac, enquanto carteirinha virtual aponta Pfizer

Aletheya Alves | 25/08/2021 19:30
Pai segurando o cartão de vacinação da filha, que consta Coronavac. (Foto: Kísie Ainoã)
Pai segurando o cartão de vacinação da filha, que consta Coronavac. (Foto: Kísie Ainoã)

Sem saber o que fazer, os pais de uma adolescente, de 16 anos, relatam que, após a filha ser vacinada na primeira dose com a Coronavac, não conseguiram dar prosseguimento ao calendário vacinal. Até o momento, apenas a Pfizer foi autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aplicação em adolescentes acima dos 12 anos no Brasil.

Enquanto o cartão de vacinação impresso indica a imunização com Coronavac, a carteirinha digital da adolescente aponta para a Pfizer. Cabeleireira, Flávia Saffe de Souza Guasso, de 49 anos, conta que a filha foi vacinada no drive-thru do Albano Franco, durante o último dia 2.

“Quando foram aplicar, a moça perguntou se poderia ser Coronavac e eu respondi que vacina a gente não escolhe. A gente não sabia que só a Pfizer estava autorizada para adolescentes, ficamos sabendo na semana passada”, Flávia disse.

Cartão digital da Sesau indica que adolescente foi vacinada com Pfizer. (Foto: Kísie Ainoã)
Cartão digital da Sesau indica que adolescente foi vacinada com Pfizer. (Foto: Kísie Ainoã)

Ainda de acordo com Flávia, no momento em que a vacinação estava sendo registrada no sistema, as funcionárias envolvidas comentaram sobre a confusão, mas ela só se deu conta depois. “Uma falou para a outra “não dá” e a outra respondeu “já dei”. Mas eu não pensei em nada na hora”.

Nesta quarta-feira (25), a adolescente foi até o Guanandizão em busca da segunda dose e, de acordo com o pai, Paulo Roberto Guasso, de 51 anos, a aplicação foi negada. “Falaram que não dava para dar, porque não tinha estudos. Agora, a gente não sabe o que fazer, ninguém deu solução”, explicou.

Paulo Roberto Guasso, de 51 anos, explica que preocupação é não saber o que fazer. (Foto: Kísie Ainoã)
Paulo Roberto Guasso, de 51 anos, explica que preocupação é não saber o que fazer. (Foto: Kísie Ainoã)

Preocupado com a situação, o pai relata que a filha é imunossuprimida e precisa do calendário vacinal completo para retornar às aulas. “De uma maneira ou de outra, vai ser resolvido. Não recebemos orientação, mas ela precisa ser vacinada”.

Em nota, a assessoria da prefeitura de Campo Grande explicou que, devido à adolescente se encaixar no grupo a ser vacinado com Pfizer, a informação a ser considerada é a indicada na carteirinha digital. “A paciente está cadastrada no grupo de adolescentes com comorbidades, que devem tomar a vacina da Pfizer, assim como as demais pessoas entre 12 e 17 anos de idade. Desta forma, deve-se levar em consideração o que está registrado no sistema de controle da prefeitura, que é a vacina da Pfizer.”.

Ainda de acordo com a nota, a orientação é que uma unidade de saúde seja buscada novamente, “para que a equipe faça a conferência da vacina conforme o que foi lançado”.

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